quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Regras básicas de sobrevivência

1- Não atender o telefone ao fim de semana.
É uma regra. Como todas as regras, admite excepções. Mas só as muito excepcionais. Levou tempo a adoptar. Custou-me anos de desequilíbrio auricular e desarmonia interior. Levou-me brilho de muitos projectos. Até ler um livro chamado "O movimento slow". Se houve regra que adoptei, foi esta. Meia regra, vá. Porque eu não atender o telefone ao fim de semana não quer dizer que eu não trabalhe nesse período. Eu posso trabalhar arduamente durante aquelas 48 horas, fazer semi-directas e chegar a ter olheiras até ao umbigo. Mas sem atender o telefone. Porque eu preciso de ter um tempo em que só ponho em ordem o que já está, em que só como que despacho serviço, ou, simplesmente, em que desligo. E quando eu digo que não atendo, eu não atendo mesmo. Não é que eu não atenda ao A, ou ao B, ou ao C. Eu, simplesmente, não quero atender. Pode ser?! Fazem a gentileza?! Têm todos os outros cinco dias para me falar. Naqueles dois, por favor. As excepções acontecem quando há uma actividade laboral também ela excepcional num determinado fim de semana. Ou, lá está, nos telefonemas que são puro e duro prazer. Lazer traduzido em orelhinhas a fumegar. Falinhas mansas de vozinhas que chegam bem perto do coração. Amigos entrados dentro da minha vida sem espaço a ses. Antigos ou recentes, mas intensos no "ai que se está tão bem aqui". Não podem ser conhecidos. Não basta que sejam colegas. Ai de mim se me chegasse para isto serem chefias. Não vale a pena amuarem. É uma regra. É a minha regra. Para o bem e para o mal, eu levo disto atrás. E, se não for para respeitar, estou sempre a tempo de dizer "então, lamento, mas é nada. Porque tudo, tudo, pessoa, está fora de questão." Já não vou a tempo de mudar o Mundo, mas está para vir ao Mundo quem, nisto, me faça mudar a mim! Mudo, sempre! Só não muda quem não vive! Mas tento mudar só no que vale a pena!

Sem comentários:

Enviar um comentário