sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Vontade grande de distribuir lambada

A minha cidade foi abalada, como é raro na memória, por um crime brutal, esta semana. Houve sangue, a jorrar da jugular, tentativas várias de simulação, armas do crime guardadas em casa porque ninguém quer ficar com o faqueiro incompleto, confissões e a habitual demanda pela desejada inimputabilidade. Tudo certo. Ou melhor, nada certo. Mas é a vida. E a vida passa a vida a mostrar coisas que não estão certas. E tenho pena. Muita. Mas... enfim... Os códigos existem para ser aplicados e há que dar serventia ao de penal, que até é um semi-novo e tudo. Agora... e o que é que se faz a quem dá a notícia, falada, escrita, tudo, com a preciosa e indispensável indicação de que o principal suspeito é o filho ADOPTIVO da vítima?! Hã?! O que é que se faz?! Liga-se para as televisões e jornais e dá-se uma aula de adopção, com especial ênfase nos efeitos da adopção plena?! Tira-se o dia para explicar a toda a gente que também há filhos biológicos que matam os pais, mulheres que matam maridos, maridos que matam mulheres, irmãos que se dão tiros, enteados que se põem a degolar gente da nova família?! Não... a sério... expliquem-me o que é que se faz?! Porque eu não sei!!! Juro! Imprimem-se flyers com a menção "O adoptado é teu filho!" e afixam-se nos postes da EDP?! Expliquem-me! É que a mim só me apetece mandar um berro e distribuir lambada!!!

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