quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Se há jogo de que eu gosto...

é de rally paper. Cresci a fazê-los. Desde quando era miúda e ia atrás, na carrinha da L., para ganhar chapéus de chuva de chocolate, até quando participei no mais louco de todos, com o J., e chorei tanto por termos perdido que ele decidiu oferecer-me uma réplica do primeiro prémio... até àqueles em que se recebiam medalhas feitas com rolhas de cortiça... Pintei carros, estudei temas para o hino das equipas, escrevi canções, vesti-me em paragens de autocarro, tomei banho de lavadouro, lavei roupa de desconhecidos, fiz e recebi declarações de amor que normalmente rimavam com estupor, andei ao pé coxinho, entrei pela casa dentro a uma professora do liceu porque era quem estava ali mais à mão e só nos faltava o preservativo para termos todos os objectos exigidos na lista, bebi sumo de limão sem açucar, cantei uma serenata aos tropas do comboio, alinhei em trilhos que metiam medo ao susto, desgracei um par de sapatilhas a tentar apanhar amoras no meio das silvas, fiz quilómetros em círculo porque não dava com a placa que assinalava Pombal, telefonei a gente, fiz contas, reinventei grande parte da história de Portugal, mas contava desenrascar... enfim. Adoro um rally paper. Adoro. Simplesmente. Adoro. E não participo em nenhum há já um tempo demasiado longo... Se houver por aí uma iniciativa destas, moi même alinha. O que mais gosto de ser é pendura. Mas também não faço arrenúncias a condutora ou companhia do banco traseiro. Gosto tanto, pá.

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