segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Wishlist masculina em vésperas do dia dos corações que piscam


Diz o meu amigo P., primeiríssima aquisição bloguística, que, valha a verdade, se mantém porque não é mau mocinho, muito embora, acho que já vos disse, interrompa as conversas que temos na esplanada do Bar de Arquitectura para me explicar o tamanho das asas dos pássaros que voam ali perto e, pior ainda, perceba de física, com vectores e tudo, que só quer encontrar uma gaja normalzinha, já nem precisa de ser gira, pode até parecer um camafeu e ter bigode, mas normalzinha, pela almas. Ora, esta wishlist é das mais difíceis de realizar. Fossem gajas normaizinhas produto que chegasse aos saldos e eu própria, em pessoínha, me encarregaria de atrelar um sorriso vitalício ao meu amigo P.. Mas não. Gajas normaizinhas são coisa quase tão rara como tipos normais, interessados em ter relações normais, empenhados em flirts normais, perspectivando evoluções normais para os encontros das potenciais almas gémeas normais. Em suma: vimos falando de uma espécie de gente que não abunda, antes pelo contrário, escasseia e faz-se difícil como a famosa demanda das agulhas em palheiros. O meu amigo P. pensa nisto porque anda sem trabalho. Eu, mea culpa, tem dias em que nem me lembro, porque quando paro de dar o uso profissional ao cérebro ele liga as ventoinhas de arrefecimento e entra em modo automático: chichi, dentes lavadinhos, cama. Por isso e porque quando me lembro deito mãos à cabeça e pergunto ao alto "Porquêêêêê... mas porquêêêêê?!". Pessoas, ser normalzinho é, vejam bem se percebem, saber o que querem. Ora, saber o que querem não se compadece com trajectos pautados por caminhadas de caranguejo, vulgo um passo à frente e dois atrás. Não se podem prometer mundos e fundos, ainda que pela via das insinuações, andar ali a matar a cabeça a inventar indirectas, para depois, na hora H, assobiar para o alto e fazer cara de virgem ofendida. Não bate a bota com a perdigota. Das internets, então, saltam perigos diários. São solenes as repetidas promessas do nunca, nunca, nunca mais (ler a cantar). Tudo para quebrar, acrescente-se. Ai que desta vez é diferente, ai que escreve tão bem, ai que tem tanta pinta, ai que parece inteligente, ai que... Xôôô... caluda! Sai desse corpo amorim, que ele não te pertence! Ver, para crer. Falar, tocar, cheirar, falar, falar, falar, falar. Mensagens?! Só de amor e em papel azul vinte e cinco linhas. Telefonemas?! Só para marcar encontros. Dates?! Fora os blind. Visitas blogosféricas em que só falta vermos se estamos penteados antes de comentar o blog da pessoa-que-estamos-crentes-pode-até-ser-Deus-permita-normalzinha?! Nop. Porque, caso contrário, a teia vai-se enredando, cada vez mais, cada vez mais e depois... a nega, o tô nem aí, o oh que imaginação, que não são inócuos na tarefa de nos convencerem que devemos marcar vaga no Sobral Cid. Enfim. Pessoas normaizinhas são as que dizem o que sentem, quando sentem, onde sentem, a quem sentem. São essas. Mas são raras. Todas. Elas... e eles... produto gourmet. P., se encontrar um tipo normalzinho e ele tiver uma irmã normalzinha, eu apresento-te a moça, sim?! É o mais que te posso fazer. Isso e torcer.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Pois...

Lembra-te sempre, sempre mesmo, que nem tudo tem de ter A explicação!

sábado, 29 de janeiro de 2011

Não sou só eu que digo...

Esperar que eu entre em casa é bem. Mas não chega. Sobretudo quando não devia deixar-me e seguir o seu caminho.
Estou a falar de suponhamos. Assim o abstracto todo numa consideração, capito?! Nada de ideias.

Cenas tristes ou do melhor que há!

Já também me aconteceu. Quase. Não era assim o MUNDO, mas já era um mundinho pequenino. Não foi espectacular. Não correu bem.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Tenho pena!

Estou absolutamente fã!!!

Se eu podia ser doméstica?!

Podia. Manhãs e inícios de tarde como os de hoje desanuviam a alma. Tratar da casa, lavar roupa, secar roupa, passar roupa a ferro, tirar as folhas secas da plantas, regar tudo, organizar a secretária... No fim, um bom banho, creme hidratante, verniz vermelho nas unhas e estamos prontas para voltar ao activo (ao activo do trabalho que é emprego... bem... vocês percebem!).

Milagre


Estiveram ambas às portas (interiores já) da morte... e agora dão cor à sala desta maneira. É verdade que não tenho filhos e que nunca plantei uma árvore que vingasse, mas também é verdade que não sou especialmente má naquela coisa de andar com a terra das flores às voltas. A prova, provadinha, é o que se vê!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Então, minhas pessoas, a novidade é que...

a partir de Setembro sou de penal.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Quando menos esperares,

acontece!
Ouvi e continuo a ouvir muitas vezes esta frase mágica, carregadinha de esperança. Quando menos esperares, tens um irmão. Quando menos esperares, o teu pai melhora. Quando menos esperares, a tua mãe fica bem. Quando menos esperares, a tua avó sai do hospital. Quando menos esperares, fica tudo bem. Quando menos esperares, és assistente. Quando menos esperares, encontras o homem da tua vida. Quando menos esperares, já tens a tese pronta. Quando menos esperares, estás a dar penal. Quando menos esperares, apareço à tua porta e rapto-te para a borga. Quando menos esperares, já não o amas assim, mas de outra maneira. Quando menos esperares, ganhas mais um afilhado. Quando menos esperares, dizem-te que és especial. Quando menos esperares, isto muda. Quando menos esperares... Quando menos esperares... Nunca ninguém disse: quando menos esperares, ele leva-te a casa dele. Não leva ninguém. Nunca leva. Portanto, essa era aventura que não fazia parte dos planos de vivalma. Um "quando menos esperares", apesar da indeterminação, contém um mínimo de probabilidade, de segurança. E ninguém arriscaria uma coisa assim neste caso. Os amigos de décadas fizeram questão sempre de sublinhar que, enfim, nem valia a pena esperar, porque não ia acontecer. Uma dimensão demasiado íntima em que não são admitidas interferências de pessoa nenhuma. Ninguém. Houve, ainda assim, um tempo da minha vida em que isso era um sonho imenso por concretizar, bússola da conquista diária que apostavam que nos unia. Porque o improvável da nossa afinidade sem tamanho era já suficientemente difícil de explicar, não havia atrevimentos que a projectassem muito para diante. Um dia, cansam-se. Um dia, bem, um dia ela desiste e ele perde o encanto. Nesse dia, também ele seguirá, sem medos , um rumo que já não a inclua. Ingenuidade grande a de quem não se rendeu, desde os primeiros tempos, ao que nascia sem pressa, contestado muitas vezes ao limite. Sem os repentes próprios das paixões que podem sumir-se sem grandes dramas, o que nos unia, cada vez mais juntinhos, era uma coisa feita de muito mais que desejo, paixão ou gostares. Passou as fases todas dos amores que inundam o coração e pintam de cores a vida das almas, suportou as dores indescritíveis do infortúnio dos sonhos de um, desencontrados do cansaço de sonhar do outro. E resistiu, sempre. Sem beliscões no essencial. Pelo contrário. Crescendo nessa incontornável marca das pessoas da nossa vida que é a confiança, a confiança para pedir soluções, chorar no ombro ou mandar o mundo inteiro à fava. Aquela confiança que vê a sensatez do conselho mais maduro escondido numa ironia quantas vezes mal julgada de bobo da corte. Foi isso que nos permitiu ir à bica depois de uma conversa tão difícil que houve meses inteiros depois dela em que nada fez sentido. Só isso justifica que há quase um ano tenhamos estado juntos antes de ser preciso tomar uma decisão que podia ter mudado a minha vida para sempre. É isso que torna compreensíveis as saudades que ficam sempre, mesmo quando aquele amor já se foi. Lentamente. Muito lentamente. Um dia, quando menos se esperava, o que estava no lugar dele não era ele, nem um vazio, mas uma imensidão de paz por ter sido capaz de o ter mantido na minha vida contra todos os prognósticos. Sem mágoa, sem trauma, absolutamente convicta de ter deixado intacta a minha capacidade de amar, apenas mais experimentada na arte de só fazer os caminhos que valham a pena, com as pessoas que mereçam muito, aquelas que não estejam para ver se dá, mas que se empenhem em que dê. E, quando menos esperamos, há naturalidade em tudo o que se faz. Os convites, as piadas, os mimos, os toques, a alegria pelo encontro, a arreliação pelo que corre menos bem ao outro. Um dia, um dia ganha sentido o tempo que se investiu a entender o que, para quem apenas vê com os olhos, não tem entendimento possível. E, depois, quando menos esperava, levou-me a casa. Sem refúgios, sem perguntas, sem medo, sem pressa... E contou-me a história de cada objecto. E traçou destinos a cada vontade por concretizar. E levou-me a ver outras paragens. E mostrou-me cada peça mais especial. E ofereceu-me uma delas. Assim, sem razão. Porque sim. Então sentou-me e sentou-se e percorreu comigo os caminhos do passado em que não sonhávamos que um dia nos encontraríamos. Abriu-me a janela da memória das pessoas mais importantes da sua vida. Comoveu-se. Sem pressa. Foi sem pressa nenhuma que me escancarou as portas de casa e da parte da vida em que não se entra. Tudo... tudinho... quando eu menos esperava.

Quando menos esperares!

Ainda hoje, hei-de escrever um texto a propósito das coisas que nos acontecem... quando menos esperamos. Vai falar de um almoço e de uma casa em que entrei e que conheci, assim de conhecer mesmo, 4 anos depois do momento em que esperei que acontecesse. Tudo, quando menos esperava.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Cada cavadela, cada minhoca!

Tudo tão bem encaminhadinho...

e ele...

decide agradecer-me os CONCELHOS.


Não dá! É que fez goleada num dos maiores clic-offs... Oh valha-me o Criador... Não há paciência! Malta, e colaborarem, não?! A sério... Fogo... Concelhos, pá?! Concelhos?!

Verdades e assim assim

Não dava um 1 há muito tempo. Já não me lembrava de como é que isto pode acontecer. Esta última leva de exames da série deste mês veio reavivar a minha memória. E... não estou a gostar.

Ele vem aí...

Vale (muito) a pena recordar!

domingo, 23 de janeiro de 2011

De pernas para o ar

Em Montréal andei numa coisa parecida com esta. E depois, quando saí, logo a seguir, meti-me num helicóptero. Quando aterrei, ganhei juízo.

Desabafos

Olho o circo (mediático) e fico mal disposta.
Mais do mesmo... era a opção que tínhamos, muitas opções de mais do mesmo. Ganha a de mais do mesmo. Perderam as de mais do mesmo.
Olho o circo (mediático) e faço contas de cabeça aos gastos em bandeiras e afins.
Olho o circo (mediático) e dou por mim a apostar que metade daquela gente é figurante nos programas do Goucha ou da Julinha e foi ali ganhar mais algum.
Olho o circo (mediático) e fico tão mal disposta... tão mal disposta, minha gente...

Urbanismo

É isto, mais ou menos, a edificação, o ordenamento do território, seja lá o que for, o novo bem jurídico, a nova mascote do direito penal, que vou estudar nos próximos dias... Gosto quando há coisas novas em que pensar... Sobretudo quando o que está em causa é esse menino dos meus olhos: o bem jurídico, o que justifica a existência do crime, o que nos permite saber do que estamos a falar, o que separa as águas entre o papel do direito de ultima ratio e a perseguição desenfreada a tudo o que mexa, salvo seja. Quando surgiu o convite, pensei "Bolas... não percebo nada disso. Sou muito das pessoínhas, pouco dos interesses colectivos. Por que ponta pego nisto?!" mas depois achei piada. O factor novidade, a mania de apreciar as maisons mais amigas da natureza e enquadradas na paisagem e de quase me virem as lágrimas aos olhos com os mamarrachos determinaram a investida. Here i go!

Verdades e assim assim

A parte boa de ainda ter uns exames para acabar de corrigir é que escuso de os alsarvar* na televisão.

*Observar, em tiês.

Done!

Não resisti a postar novamente esta tirinha da Mafalda!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Verdades e assim assim

Sei que a minha capacidade de trabalho anda a dar as últimas quando, ao preparar uma apresentação, começo por escolher a imagem do primeiro diapositivo!

Perguntas pertinentes #2

Tirando quem espera um lugar ao sol, algum português decente está verdadeiramente motivado para o acto eleitoral do próximo domingo?!

Preciso de arrumar com esta dúvida...

Ainda agora!

São opções... #2

Além disso, pode acontecer que em Novembro de 2014 o mundo continue de braços abertos para me deixar fazer o que nestes quase quatro anos vou ter de deixar crescer só em ideia...

São opções...

Ou: de como um doutoramento pode obrigar-nos a deixar de fazer coisas de que gostamos muito... Excepto para quem adora fazer teses (blhac), o cenário acima é uma mera constatação do óbvio. Por isso, acrescento que as coisas de que estava a falar não eram essas, mas trabalhos que enchem a alma...

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

*

Legislar à la carte!


Se souberem ler a lei... concordam com o senhor!

Gosto deste tipo, o que é que se há-de fazer?!

Os looks da festa de que se falou há dias...

Amei... O meu muito preferido entre todos...

Gosto dela e este talvez seja o meu segundo look preferido da noite...

Dos péssimos, o pior de todos. Sim, pior que o da senhora que ia com a toalha de pic-nic enrolada, que o da maluca dos sapatos descombinados, que o da outra que só tinha umas tiras aqui e ali a tapar o mais óbvio... o pior, o mesmo mau... o parolo , o piroso mesmo é este! E até gosto da miúda... mas isto... Se tirasse o véu, lenço... eu sei lá... o mosquiteiro, ficava aceitável.

O nome da criança

Um tema mais levezinho (menos para a triste recém nascida) para desanuviar um tudo-nada e não ficarmos com a versão R. de mal com o Mundo logo que se abre o blog. Se um dia for mãe, não tenho grandes dúvidas. Maria. Só. Ou, no máximo, seguido de Isabel ou o nome da mãe. E, sujeitos a ponderação, António, Francisco ou, em caso de tradição familiar ou gosto grande, o nome do pai. Mais ou menos como em tudo na vida, menos é mais. A beleza das coisas está quase sempre na sua simplicidade. Só por isso é que isto não é um nome, é uma piada.

Apetece-me mandar pauladas na televisão

de cada vez que vejo um candidato presidencial, ou candidato autárquico, ou candidato das legislativas, ou candidato... Tenho uma profunda descrença em todo o bicho careta que dá as caras nos dias que correm. Não voto em branco porque nunca se sabe quando não se aproveitam boletins... Voto, porque quero que percebam que lá fui, que lá irei sempre, que não me estou a borrifar para isto, só para eles. Dá-me dó que se continue a favorecer o compadrio, o chico-espertismo, a estupidez, a malandrice, a inércia, a ignorância, o popularucho, o facilitismo, o lirismo balofo. É tudo contra e só vejo bandeiras a abanar. Pergunta: Esta gente não tem de trabalhar?! Resposta: Não... Nós trabalhamos por eles. Lamento, profundamente, a descrença em que assenta a política nacional neste momento. O mérito, o trabalho, o esforço, a dedicação são características de meia dúzia de tolos, que dificilmente chegam a algum lado. Corjas de válidos dão-me vómitos. Fundos. Olhamos com a superioridade dos tristes para países que, bem vistas as coisas, não são muito diferentes de nós. O formal só não se cola ao material para sermos, de uma vez por todas, um exemplo de terceiro-mundismo degradante porque, olhem a sorte, estamos do lado de cá do Mediterrâneo. Só isso justifica que se comprem submarinos feitos de casca de ovo e que não suportam as águas do Atlântico que, só por acaso, é o Oceano com que metade do nosso país faz fronteira. Só isso justifica que sucessivamente se acredite na história do "coitadinho do vítima" que o manda chuva regurgita. Só isso justifica esta aberração (assumo o que digo!) das novas oportunidades. Só isso justifica esta pequenez de espírito que tem cócegas no ego por laurear anéis de curso e ouvir chamar dr. na fila do correio. É tão triste que chega a ter piada. Quase 10 milhões de laparotos armados em gente, que parecem burros atrás de cenouras quando dá bola, chega Agosto ou nos entopem as vistas com dejectos televisivos horas a fio. Tenho pena deste país. Porque gosto dele. Se não gostássemos, punhamo-nos na alheta. Mas eu gosto. Eu fico. E não peço grande coisa. Peço paz e sossego. Pouco mais. Competência, seriedade, trabalho, espírito de sacrifício, palavras de honra, compromissos por apertos de mão. Homens e mulheres de bem, sem esta pindérica mania de que são os melhores do Mundo e arredores.

Momento "Eu não acredito!"

"Antes de mais, não posso deixar de a felicitar pois confesso que foi a melhor conferência ali proferida desde o início do curso, opinião que é unânime entre os colegas! Além da clareza e do ritmo gostei bastante dos "parêntesis" nos assuntos!"

E desato a chorar em frente ao computador...

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sei que a vida anda amarga

quando vejo uma lua como a de hoje, suspiro e continuo a rodar a chave de casa porque o telemóvel não pára, no e-mail há pastas que se acumulam, no sofá só sobra o espaço para eu me sentar, entre papeis e livros e separatas e mais o raio que parta isto tudo. Não gostava de ser desempregada. Não estou a cuspir para o ar. Mas estou exausta e sinto-me engolida por papéis e, mais que isso, por orientações, recomendações e cenas dessas que só disfarçam ordens de "ou faz, ou faz". Dói-me a voz, percebem?! A voz. Custa-me falar. Dói-me a cabeça. Manter a vista atenta sem arder é um suplício. As costas pedem descanso. Os ombros carregam nós como pedras. Os pulsos dão aqueles sinais de "pára lá com os movimentos rotineiros. Pára. Pára." No limite, em busca de alento, olho a minha agenda. Pior que perceber que, se desde Agosto não pego na tese, até Agosto continuará a ser praticamente impossível, é constatar que não é humanamente exigível prever dois dias seguidos em que possa simplesmente sumir.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Verdades e assim assim

Aconteceu mesmo!

Despedimo-nos. Houve lágrimas.
Para o ano há mais... ou não!

Conclusão

Correu bem. Enjoo no alfa.

Era uma cama, por favor!

Acabei de preparar a aula de amanhã. Aquela. A A-U-L-A!!! Passa das duas da manhã. Amanhã levanto-me, leio tudo com o coração em prantos para que não surja nenhuma gralha impossível de disfarçar, ponho um ar decente e vou à Invicta. Boto faladura. Tremo, que já me conheço, que nem varas verdes. Depois volto e pego nos 56 exames que tenho de ter corrigidos quarta feira às 11h. Está-me a dar uma ceninha má. Vou ali dormir, que parece que também dá jeito.

P.S. Eu também tenho uma opinião sobre os vestidos dos Globos de Ouro... mas não tenho tempo de vos dizer qual é. Sorry, pessoas!
P.P.S. Dou por mim com esta vida e depois bate-me a lembradura da minha mãe a pedir-me netos... Ando a falhar em alguma das prioridades, só pode!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

É o meu lado assistente social

que responde a emails cujo assunto dá pela expressão "Desespero total". Definitivamente, não sou talhada para assistir caloiros. Faço o que posso... mas... não devo estar a fazer o que devo. Recomendei-lhe respirar fundo, um chá e uma conversa com as amigas sobre os vernizes da moda antes de mergulhar novamente na matéria. Não devia ser suposto ter dito isto. Azar. Eu disse que não tinha jeito para lidar com estas idades, mantendo o rigor profissional que a posição impõe. Dane-se. Tive pena da garota.

Ódio de estimação XX

Sobrancelhas muito fininhas. Lembrei-me disso ao ler este post da Rita. Não podia concordar mais com ela. Em tudinho.

Ide lá, à confiança!

Sei que resulta. Os preços podem assustar um bocadinho ao princípio, mas têm justificação: até hoje, em todas as sessões que fiz, independentemente da zona, sempre combinaram o laser com a luz pulsada. Não optam por um em detrimento do outro. De facto... cada um tem a sua função. Conhecida por Pequena R., a pele sensível, foi a medo que cedi. Depois... foi um vício. Fora os constrangimentos de algumas avaliações, que me escuso a relatar por já suficientemente escrutinados noutros blogs... a verdade é que... enfim... vergonha de quê?! Somos todos maiores e vacinados. Vá... ide lá, à confiança. Não me arrependo da escolha.

E levava-me ao altar #12

Verdades e assim assim

Corrigir exames é o trabalho mais odioso do assistente. Solitário, a avaliar pessoas, decifrando letras indecifráveis e pondo as mãos à cabeça com os disparates, esboçando sorrisos com as boas notas, refazendo 10 vezes as contas, porque, de facto, por uma décima se passa, por uma décima se chumba. Detesto. Fico doente. São dois meses disto. Esta primeiríssima leva está a acabar. Logo à tarde começa outra. E quarta, outra. E depois sábado, outra. E depois na outra quarta. E depois na segunda seguinte... Buhhh. Detesto.

Podem ficar preocupados comigo...



Emocionei-me a ouvir isto!

Aliás... dei por mim a divagar, até...

domingo, 16 de janeiro de 2011

Wishlist

São Miguel, Abril de 2010

Sou eu!


Esta letra sou eu... Só a X., que me conhece tão bem, poderia ter acertado tão em cheio!

"E aqueles que vejo, que abraço e que beijo,
falam já meio a sonhar,
se o mundo deu nisto e bastou um sorriso,
o que será se ele me falar.

Sou a mariposa bela e airosa,

que pinta o mundo de cor de rosa,

eu sou um delírio do amor.

Sei que a chuva é grossa, que entope a fossa,
que o amor é curto e deixa mossa,
mas quero voar, por favor!"

Então, é assim...

A T. é a Carrie, a A. é a Samantha, a X. é a Miranda e eu... ao que parece... sou a Charlotte. Para que não tenham sobejado muitas dúvidas na atribuição da personagem concorreram vários factores. A saber: Charlotte trabalha numa galeria de arte e é, no sentido mais tradicional do termo – se é que ele existe -, a mais normal das quatro raparigas. Conservadora – em total oposição a Samantha - e optimista, acredita no amor eterno e no casamento. Romântica por natureza, passa parte da série a procurar pelo seu “príncipe encantado” e é ela quem muitas vezes coloca regras nas discussões sexuais das amigas. Depois de casada, deixa de ser tão exemplar nas conversas e dá a conhecer algumas atitudes que acabam por surpreender todos aqueles que a conhecem. E também o facto de todas três teimarem que o meu cabelo está a escurecer com o tempo. Fora os brancos, claro.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Fim deste blog!

Este blog já hoje esteve para acabar. Vai daí e não acabou. Acontece, ilustres seguidores e admiradores ainda no anonimato, que G., ele próprio em pessoínha, decidiu render-se à blogosférica dimensão da sua fiel companheira. Ora, toda a alminha que já por aqui passou sabe que este blog vive, em muito, de falar mal de G., de contar episódios onde os personagens são G. e Pequena R., enfim. Todos estes meses o descanso reinou. G., pai de família e atrapalhado crónico com os prazos judiciais, nunca por nunca ser se perderia por estas bandas. Os seus parcos tempos livres seriam, estava eu certinha, ocupados única e exclusivamente, sempre, a cozinhar para juntar os amigos ao jantar, a experimentar a milésima lente que comprou para a máquina fotográfica, a passear-se nas compras online ou a perder a cabeça numa qualquer livraria da cidade dos estudantes. Puro engano, meus amores. O seu ar de bambi quando, às 23h e 58m, nos pede uma leitura de 20 páginas que devem seguir pelo citius até às 24h em nada coincide com esta fartura de tempo para se render aos arrazoados que eu, pequena mestre e assistente de trazer por casa, ainda por validar, aqui vou deixando. Ele, o que insiste que escrevo artigos com ar de quem vai publicar um poema e aprofundo posições da doutrina como se estivesse a continuar um romance. Ele, o próprio do tipo que diz que eu ando de trombas e que ainda não se habituou. Ele, o verdadeiro do fulano que acha que algum dia me engana quando diz "estou mesmo a acabar aquele trabalho que tenho de te mandar". Ele, o dito cujo que quase me esmaga a mão quando viajamos de avião. Pois... agora tem tempo para aqui vir. Pensei, em conclusão, fechar o blog. Metade das piadas futuras comprometidas convocavam essa decisão. Mas... parece que pensa voltar apenas de dois em dois anos, razão pela qual, pelo menos nos próximos 24 meses, havendo saudinha e vontade, pequena R. ainda não emigra. Beijos e abraços. Vou ali à Veneza portuguesa jantar e soltar a língua e depois tenho toda uma linda directa pela frente a corrigir exames. A bem da nação. Pelo menos, da minha.

Num gosto

de vigiar exames aos sábados à tarde. Buh.

Hoje à noite

é tempo de janta e conversa fora com elas. As novidades, os dramas... as esperanças... Do verniz da moda ao sexo, do livro de cabeceira às viagens de férias, dos cabelos brancos ao agendamento de directas. Quem do tempo de faculdade guardar apenas um curso... não terá nada, não!

P'ró que me deu...

Hã...hã...

A ver vamos, Frederichi. A ver vamos.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A triagem

Dar aulas ao primeiro ano é uma esfrega de espanto. Andamos um bom tempo a explicar que não podem tocar telemóveis nas aulas, que não se tratam os professores por você e que os pais deles pagam propinas para eles me ouvirem... calados. Mas o surreal ainda estava para vir. Durante quatro anos, os meus alunos eram finalistas. Pré juristas do meu coração. Conseguia controlar os que davam erros e chamar-lhes a atenção directamente. Agora... agora é o pânico. Os mails começam com um "Olá professora, tudo bem?", a que invariavelmente respondo com um "Caro fulano", já com sacrifício óbvio, mas é preciso encontrar vias per mezzo e essas não hão-de ser, para miúdos de 18 anos nos dias que correm, o tradicional "Exmo. Senhor". Depois, bem, depois é todo um chorrilho de pontapés na gramática e na sintaxe. Cargas de porrada na língua de Camões. Os pedidos são os mais estapafúrdios. Desde que lhes diga qual a matéria que sai até a que lhes acalme os nervos. No meu tempo, há uns míseros 10 anos, podiam chover picaretas que, ainda assim, ninguém passava pelo I.J.. Hoje, é frequente perguntarem se podem ir ter comigo "àquela sala onde a prof tá sempre". O post não revela, estou certinha, metade da minha cara de parva quando penso nestas coisas. Não resisti a escrevê-lo porque acabo de receber um mail em que, em duas linhas, encontramos as seguintes pérolas: " me disponibilizá-se ", "me explica-se", "não trousse", mais ainda frases que começam por "É que" e smiles no fim.

Love is...

As casas

Gosto de casas com vida. Com cheiro de gente. Com casacos nos cabides. Com roupa a secar. Com louça a escorrer. Gosto de casas com o cesto do pão à vista. Gosto de casas com livros espalhados. Com músicas a soar. Com bugigangas. Gosto de casas com fotografias. Gosto de quartos com chinelos. Gosto de maquilhagens abertas. Gosto de flores naturais. Gosto de casas com regador. Gosto de casas com armários com puxadores. Gosto de tralha pendurada nos puxadores das portas. Gosto de casas com desenhos de crianças. Gosto de casas com bomboneiras sempre à pinha. Com fruteiras coloridas. Com sortidos de chá sem ser de pacote. Gosto de banheiras com champôs e cremes e espumas e argilas e esfoliantes ao fundo. Gosto de tapetes nas casas de banho. Gosto de livros nas mesinhas de cabeceira. Gosto de anéis na janela da cozinha. Gosto de vassouras nos terraços. Gosto de lareiras com marcas de lá ter havido fogo. Gosto de louças desaparelhadas. Gosto de latas, de caixas, de vidros, de tudo o que der para aproveitar. Gosto de estojos abertos nas secretárias. Gosto de lápis à mão. Gosto de casas onde vive gente. Não casas onde gente dorme. Gosto de casas com a cara das pessoas. E não gosto nada de casas onde me sinto como num hotel. Não gosto de edredons. Não gosto de tecidos brilhantes. Gosto de toalhas de linho. Gosto de cortinas diferentes em todas as divisões. É bonita, é moderna, é xpto... mas não dava para minha casa. Gosto de casas que abracem as pessoas. Casas-pantufa. Casas-mantinha. Gosto de casas donde se diga... é esta... esta é mesmo a minha.

Do amor

Fez ontem um ano... e nem com a deixa eu lá cheguei... Estamos mesmo numa onda diversa.

Estou muito fã!


Não faço alergia. O esfoliante é macio. A espuma cheira a eucalipto e deixa a pele que parece seda. O creme é tão perfumado a natureza que dá vontade de ficar com o nariz lá dentro a sonhar com prados verdejantes. Estou tãããooo fã!

Estava aqui numa aflição!

Mas, afinal, continuo a ser sagitário.

Tenho sempre medo que não voltes


Caminho pelo lado da rebentação das ondas ―
o litoral guarda segredo dos meus passos entre
as redes de sal trazidas pelos barcos
e o labirinto das algas ainda agora oferecidas

à praia. Sinto-me à mercê das falésias a riscar
o teu nome na areia; e é como se lentamente
pronunciasse um chamamento triste a que ninguém
acode. Fez-se tarde para os lamentos das sereias:

agora as marés dobam novelos de espuma à roda
dos meus pés, as águas já não transportam
a minha voz, a perder-se sobre as dunas
que os ventos vão desbastando devagar

ao cair da noite. Tenho sempre medo que não voltes.

Maria do Rosário Pedreira

O que fazes?!

Ao mesmo tempo:
Eu estou a beber chá!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

As saudades

Ele: Estava com saudades tuas.
Eu: Mas... falámos ontem!
Ele: O tempo é relativo.
Eu: Pois...

Acho-lhe uma piada...

Verdades e assim assim

Gosto deste branco quentinho. Não gosto do branco gelo. Dá-me frio. Gosto do branco pó de arroz.

Gosto desta!

Pico. Ao fundo, São Jorge.
Março de 2010

Deviam ver

o pôr do sol que se vê aqui da janela. Apetece caminhar até lá. Fica a intenção. E a chamada real de 120 provas até sábado de manhã.

Se

escrevesse tudo o que me apetecesse;
dissesse tanto quanto sentisse;
dormisse até às horas que precisasse;
trabalhasse só aquilo que pudesse;
telefonasse sempre que me lembrasse;
te tocasse as vezes todas que te sonhasse...

isto seria tudo um bocado diferente!

Mana no facebook

O convite mais recente é do mano. Isto depois de ter passado o fim de semana a mostrar-me as amigas para decidir com qual entra no Baile de Finalistas. A disputa está, neste momento, entre duas. A giraça que ele diz que vai de decote no Inverno só para o provocar e a patinho feio que é a melhor amiga e que, cá para mim, está apaixonada por ele... mas a quem ele vê como mais uma boacompanheira. Votei na amiga.

Acho piada ao facto de o mano discutir estas coisas comigo. E, sem pudores, desbocar todos os prós e contras. Não quer entrar comprometido na faculdade. Acho bem. Há tanto mundo para ver... O mano no outro dia disse que não gostava de me ver chorar e que não quer nunca que eu me preocupe. O mano é a minha pessoa preferida. Mesmo quando lhe dá para andar com barba e cabelo sem ver tosquia meses a fio. O mano é o mano. Veio tarde, já nem estava muito para aí virada, mas o mano foi o melhor que me aconteceu. É meu. O mano convida-me para o facebook volta meia volta. E eu, mesmo não aceitando, acho graça. Porque sim. E porque me lembro que, quando criou o perfil, escolhemos juntos as fotos que se podiam pôr. Porque o mano, pelo menos para mim, será sempre um puto.

*

Cozinhei

E isso é um acontecimento.

Massa. Espargos. Mozzarela. Cogumelos. Toda a raça de especiarias e ervas que para aí andava. Forno. Foi bem.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Mini autobiografia


Afinal, melhor que o teste da sms, há outro - o da rota dos adeus. Deixou de me apetecer desviar os atalhos dos beijos das despedidas. Não te substituí. Não foi isso. Fechou-se a ferida. Era mesmo grande, mas fechou-se. Por isso é que não entendo bem a marquinha pequenina daquele corte com papel continuar a doer de quando em vez...

Descobri uma grande verdade

Escrevo muito melhor quando ando muito feliz ou quando estou mergulhada numa enorme tristeza. Dias mais ou menos só dão posts assim-assim. Posts assim-assim não interessam para nada.

Verdades e assim assim

É foleiro andar de saltos sem conseguir manter o equilíbrio.

Desculpem, sim?!

Ainda não consegui alterar o tamanho da imagem porque tenho estado a organizar as centenas de sugestões que me fizeram. Não era preciso, a sério...

Acho tão mau

haver quem, enquanto faz as compras para o mês, lancha no supermercado. Faz-me perguntar se antes de irem para o emprego passam na perfumaria e se besuntam com os tester.

Há coisas que nunca mudam

Quando digo "Acabou o tempo. Peço que entreguem as provas.", eles imploram sempre "Só mais cinco minutos...".

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Alguém amiguinho que me explique

como é que eu hei-de fazer para que a imagem de cabeçalho apareça maior. É que as fotos são muito maiores que isto que aparece... e ficavam mais lindinhas se fossem mostradas em todo o seu... esplendor...

2 anos


Ao um andarás... aos dois falarás!
Prodigioso, a "deitar cá para fora" desde 11 de Janeiro de 2009!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Verdades e assim assim

Vou ter saudades destes alunos. Separar-me, ano após ano, daqueles alunos que fui conhecendo, a quem fui desamparando alguns medos, com quem partilhei humores melhores e piores, custa-me sempre um bocadinho. Este ano não será diferente. Nunca é. Há sempre aqueles que mal conheço, mas são sempre bem mais os que me entram no coração. Deve ser isto... o amor à arte. Sem arte. Só amor.

domingo, 9 de janeiro de 2011

A minha pessoa


sabe o que quer. E quer o que sei, no momento em que sei que quero que saiba que quer. Assim. A meio caminho entre a pressa e a certeza.

Confesso #1

Daquela vez em que tive 4 a Trabalhos Manuais... bem... eu não merecia o 4. Foi o Serrano que fez a caixa de madeira e a jarra de barro. Eu tinha medo de trabalhar com aquele aparelho que polia a madeira. Uma vez ainda tentei mas aquilo não me correu bem. E, com o barro, só conseguia fazer cinzeiros.

Eu cá não dava tempo de antena

a quem deixa de ir à escola porque... se cansa. Assim como não dava tempo de antena a quem não trabalha porque... não procura; a quem não tem casa porque... dorme até ao meio dia; a quem está internado porque... a cirrose avançou mais do que era suposto. Ando sem paciência para desgraçadinhos da treta. Sem paciência nenhuma.

Verdades e assim assim

Tudo colabora a enfeitar a casa para receber o Natal. Para pôr tudo novamente em caixinhas... bem... para isso "é melhor ser a R. que tem mais jeito". É com cada argumento que eles inventam...

Pelo Janeiro dentro

e eu continuo a receber presentes de Natal e aniversário....

Gosto pouco de me render às evidências!

Sempre nos amores. Cada vez mais na vida em geral. Só por isso, não, não aponto dedos a ninguém pela morte do Carlos Castro. Gosto pouco de me render às evidências. Dão-me sempre ares de pouca clareza... as evidências. Coisas da língua, evidentemente.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Fico sempre na dúvida

Continuo sem saber se gosto mais dos amanheceres ou dos fins de tarde. Hoje, acho que é mesmo dos fins de tarde. Assim, como este, a cheirar a frio e a inverno.

Verdades e assim assim

Não sei se já comentei aqui. Mas é importante. Mais vale repetir. Muita gente tem o dom de me deixar à beira de um ataque de nervos, mas são muito poucos aqueles que considero suficientemente importantes para me falharem e com isso me deixarem muito triste. Há diferenças. Um mundo delas.

Penalmente falando

A conduta de amputação de um dedo de outrem deve, afinal, ser punida da mesma forma quer se trate do pianista quer estejamos a falar da housewife.
Vivi anos iludida.
É que ninguém pode dizer que precisa de mais dedos que as outras pessoas. Bolas, toda a gente tem de ter a possibilidade de fazer isto.


E de, logo a seguir, confirmar tudo assim.

Das palavrinhas

Ao fim do, para aí, sétimo mail de dúvidas, ele começa com:

"Professora,
tenho aqui mais umas dúvidas sucessórias.
..."

Ela responde:

"Caro ele,
parece-me que anda é com dúvidas sucessivas!
..."

Concerto de Ano Novo

Fomos ontem.
Durou duas horas.
A Igreja estava cheia.
A OCC foi fabulosa.
O meu avô não dormiu.
A minha avó achou que "a moça do tótó tocou que foi uma categoria".

Para que conste

O dia de ontem já passou. Agora é acreditar. Muito. E vencer. Antes disso, vou só tomar um alprazolam inteiro e ver se, ao fim de não sei quantas, durmo uma noite.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Quando

os amores se aconchegam em amizades sem limites, o "estou tão feliz por ti" significa apenas que estou mesmo feliz por ele. Só. E isso é muito. É quase tudo. Porque sei que está feliz. E gosto de ver bem os meus amigos. Sobretudo os incondicionais, como ele. Que precisou de me falar no dia da má notícia e não se esqueceu de me avisar no dia da mesmo boa. Às vezes acredito que certos amores cedem para dar lugar a coisas ainda mais eternas. Mas é só às vezes.

Da memória

Num dia que não lembro de Maio de 2003 o meu carro quase pegou fogo na Ladeira do Seminário. Estava tanto calor que parecia que Coimbra era um gigantesco forno humano. Estive, durante horas, com a X., na fila para os bilhetes do Jantar e Baile de Gala, enfiadas com mais que as mães no segundo andar da Associação. Sentadas no chão há um bom tempo, percebemos que não tínhamos a mesa completa. Nem eles. Eram quatro. Dois eles e duas elas. Finalistas de medicina. Mas teste superado. Não tinham a tão falada p#$& da mania e quase parecia que tinham faltado às aulas de Peneirice I e II e ainda de Anatomia Peneirenta III. Não eram pares. Eram um grupo de amigos. Como nós. Menos mal. Sons repenicados e lambuzanços não apeteciam por aí além. Ficou combinado. Foi das melhores noites. Diverti-me tanto, tanto, tanto. Acabei a dançar descalça com um deles, o R. Era o mais giro. Saiu-me a sorte grande, diga-se. Tenho fotos de fazer inveja dessa noite. Ficámos com os contactos. Cruzámo-nos nas noites seguintes. Foram dar-nos um beijinho no dia do Cortejo e fizeram reportagem fotográfica ao nosso carro da queima. Anos mais tarde, cruzei-me com o outro ele do grupo nos HUC. Não me lembro bem, mas pode bem ter sido numa das muitas vezes em que torci um pé e convoquei meia ala da ortopedia para se comover com quem "Não quer muletas, não, não. Não sei andar nisso, não sei. Porto-me bem, a sério que sim. Nem ando. Vá lá. Vááááááááááá lááááááááááá." Tenho-me lembrado deles. Não sei porquê. Mas tenho. E de como era muito bem pensado marcarmos um Baile de Gala um ano destes para repetirmos as graçolas. Com Nuno Guerreiro e tudo.

Minha música essencial #19

Poemas são...

Vieste como um barco carregado de vento, abrindo

feridas de espuma pelas ondas. Chegaste tão depressa

que nem pude aguardar-te ou prevenir-me; e só ficaste

o tempo de iludires a arquitectura fria do estaleiro

onde hoje me sentei a perguntar como foi que partiste,

se partiste,

que dentro de mim se acanham as certezas e

tu vais sempre ardendo, embora como um lume

de cera, lento e brando, que já não derrama calor.

Tenho os olhos azuis de tanto os ter lançado ao mar

o dia inteiro, como os pescadores fazem com as redes;

e não existe no mundo cegueira pior do que a minha:

o frio do horizonte começou ainda agora a oscilar,

exausto de me ver entre as mulheres que se passeiam

no cais como se transportassem no corpo o vaivém

dos barcos. Dizem-me os seus passos

que vale a pena esperar, porque as ondas acabam

sempre por quebrar-se junto das margens. Mas eu sei

que o meu mar está cercado de litorais, que é tarde

para quase tudo. Por isso, vou para casa

e aguardo os sonhos, pontuais como a noite.



Maria do Rosário Pedreira

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Tão verdade como eu estar aqui!


Fui convidada (e aceitei) para dar uma aula no curso de preparação para aquela profissão que muitos apostam que um dia ainda será a minha. Estou um bocado orgulhosa de mim. Hoje, não trocava isto por quase nada. Quase. Trocava isto por um abraço de quem viesse para ficar. Só. É muito verdade que detesto cada dia mais o condicional dos verbos. Perco, todos os dias, raça emocional para suportar ses. Isso e gente que desiste.

I like it!

As trocas de mails que começam com o inenarrável "Prezada Senhora Dra.", evoluem para o "Aceite um abraço amigo do...", evoluem mais um bocadinho para o "Bom dia, R." e acabam em mails que se bastam com um "Então estamos combinados! Até!".

P.S. Não... não é aluno. E não. Não. É só trabalho.

Verdades e assim assim

Acho tanta piada, tanta piada, mas tanta piada ao Robene. Escreve os maiores disparates e os posts mais brilhantes com a mesma pontaria. Certeira. Acho mesmo piada, pronto.

Earl Hines

Aconteceu-me a mim!

Não vesti umas cuecas azuis na passagem de ano. Nem vermelhas. Vesti cuecas. Mas eram brancas e já nem eram novas. Não subi para uma cadeira. Não passei a meia noite com uma nota na mão. Não me lembro se a primeira pessoa que cumprimentei foi um homem. Não fui à praia saltar sete ondas. A bem dizer, comi doze passas, mas a partir da quinta penso que comecei a repetir desejos. Depois lembrei-me de um importante e já só me faltava uma passa. O que não é justo, porque era mesmo importante e já só o pedi uma vez. Portanto, como se diz na minha terra, "vamos a ver".

Porque sim


Deduzo que os homens também o façam. Fazem, de certeza. Sentem, até, quem sabe?! Mas o impacto é menor. Em dez minutos, bebemos o restinho do chá, despimos o pijama, tomamos um duche, com uma mola amarela no cabelo, lavamos os dentes, a cara, secamo-nos, vestimo-nos, pomos creme na cara, base e pó compacto. Damos "duas de mão" com o blush enquanto nos calçamos, vamos ao espelho e pomos uma sombra clarinha nos olhos para não ter de se estar com pormenores. Pomos o relógio e umas pérolas pequeninas nas orelhas. Embrulhamos um cachecol à volta do pescoço, escolhemos um casaco que combine os tons da roupa e da carteira e dos sapatos. Tiramos a mola do cabelo. Abanamos furiosamente a cabeça, tentadas pelo absurdo de deixarmos de parecer despenteadas e passarmos a dar ares de "apenas selvagem". Vestimos o casaco, pomos a carteira ao ombro, pegamos na pasta, rodamos a chave e fechamos a porta. Descemos as escadas do prédio, atravessamos fora da passadeira, abrimos e entramos no carro. Ligamo-lo e ao ar condicionado, saltamos uma música do cd que tocava de véspera e arrancamos. No primeiro stop, tiramos o batom de cieiro e damos um ar mais saudável aos lábios. Quando chegamos, sorrimos. Assim... porque treinamos. Treinamos muito. Sorrindo sozinhas, alienadas, de nada. Sorrindo até do que daria vontade de tudo, menos de sorrir. É assim. Porque sim. Não somos loucas na cama e ladies na mesa. Somos espírito de metamorfose. Os homens também. Mas as mulheres é que dão mais ares de ser assim. Só porque sim. E porque às vezes é por trás da pele mais brilhante e do sorriso mais iluminado que se esconde a alma mais magoada. Mas é assim. Porque sim. E, se fosse diferente, não seria eu. Contam-se pelos dedos de uma mão e sobram os que já aprenderam a ler para lá do que é assim. Só poucos, esses, e mais nenhuns. Não sei exactamente porquê. Deduzo que seja porque... sim. E porque há dias em que treino menos.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Eu, lamechas me confesso!


Chorei baba e ranho a ver o filme da Letizia e do Felipe de Espanha. Naquela parte em que o homem lhe liga quando ela está para entrar no ar, então, desfiz-me em lágrimas.

Dias assim

Dias em que o céu, de tão frio, faz quentinho na alma (como os boxers, que de tão feios são dos cães que acho mais giros de todo o mundo (ali taco a taco com os labradores, os são bernardos e os dálmatas)); dias em que trabalho benzinho, obrigada, mas em pijama o dia todo; dias em que às cinco da tarde já vou no terceiro bule de chá; dias em que os únicos sons são os da música baixinho e o do computador ligado; dias em que vou acabando tarefas; dias em que invento; dias em que ainda por aqui passo; dias em que de hora a hora posso esticar as pernas, indo à varanda ou assim (reguei as plantas, mudei a terra a uma, dobrei meias, pus mais roupa a lavar, dobrei a seca, acendi uma vela de cheiro no quarto, pus creme nos pés, nas mãos e nos cotovelos, dobrei a arrumei duas camisolas de lã que não se passam a ferro); dias em que poupo a voz, muito agradecida; dias em que a vida anda, não corre... são dias normais... e há dias em que tudo o que mais precisamos é da normalidade dos dias... que só andam. São dias assim.

Verdades e assim assim

Estou cansadinha de matar gente e ainda me falta inventar pelo menos mais uns cinco casos de sucessões.
As perguntas de desenvolvimento também estão uma coisa esperta... não haja dúvidas.
UUUAAAHHH (Sorriso maléfico)

P.S. Vão bem preparadinhos, não tenham pena. Se tiverem estudado um tudo-nada entre os sonhos e as fatias douradas, safam-se na boínha.

Adoooro!

Foi há um ano


que eu entrei nesta casa para ficar.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Verdades e assim assim


Gosto de laços. Destes e dos outros.

Um projecto por dia, nem sabem o bem que nos fazia!

1) Combinei com a tia mais nova ir a um concerto do Tony Carreira.
Não queremos morrer estúpidas.
Ahhh... e vamos estudar as letras com antecedência...

2) Também combinámos uma visita à segunda tia mais nova por ano. A deste, depois de Junho. Com esticadinha a Amesterdão.

Pink Floyd essencial

Guardo o silêncio

Guardava alguns silêncios e também as coisas
que não dissera por acaso. Guardava agora também
esses acasos, brancos recados entre as palavras
que lhe sobravam nas gavetas. E ainda assim guardaria
para sempre essas palavras, ou a imagem de lábios a
dizê-las ― um rosto ainda sem ser triste lembrando o Verão.

Teria aguardado esse Verão, o cheiro quente dos morangos
à beira os dedos. E tê-lo-ia sobretudo guardado,
como guardava agora, sem nunca o ter ouvido, o som
das espigas, na planície, à passagem do vento.

Mas agora só podia aguardar a passagem do tempo
sem palavras; ou um vento de feição, um acaso
que tudo justificasse. E no silêncio em que se ia guardando
buscava apenas um lugar mais sereno para as memórias.


Maria do Rosário Pedreira

*****

sábado, 1 de janeiro de 2011

Há-de haver uma explicação... e eu hei-de descobri-la!

Eles: Então e tu? Já acabaste? És de quê?
Eu: Tal e tal. E sim, já acabei. Já sou crescida!
Eles: 23? 24?
Eu: 29 desde há uma semana.
Eles: Aaahhh. Não parece :)
Eu: Obrigada... mas deve ser das luzes :)
Eles: Olha, e exerces?
Eu: Não. Tal e tal e tento fazer um doutoramento em tréu téu téu pardais ao ninho. E vocês?
Eles: Somos biólogos. Marinhos.
Eu: Aaahhh... tá! Vou só ali. Com licencinha.

Coisas boas deste ano novo

Hoje falei com a minha Federica. E chorei feita madalena. Coisa mais melhor boa :)

Verdades e assim assim

A minha avó stressa a jogar à sueca. Muito. Chamou-me malina e apostou que eu tinha feito uma arrenúncia. Perdeu. Combinámos uma ida a um concerto de música clássica, uma novena e um jantar de paelha. Concluímos que temos uma vida pouco monótona. Começámos bem, pelo menos.