domingo, 20 de fevereiro de 2011

Vamos por partes

Continuo a subscrever tudo o que expus neste post. Embora concorde com o Professor Marcelo Rebelo de Sousa e reconheça que o nome não é o mais espectacular, não ignoro que talvez seja o mais fidedigno. Ainda assim, não, não me identifico nada com a música dos Deolinda. Acho a letra fraquinha e o ritmo também não me aquece a alma. Não é o meu hino, definitivamente. Em suma, estou com o pessoal do movimento. Só não nos colem à força, a todos, à cantiga do momento.

5 comentários:

  1. Eu adoro a música. Acho que está muito bem feita e a letra é muito boa... não podemos todos gostar do mesmo...

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  2. Pois não, Mariana. Como se costuma dizer: o que seria do amarelo se todos gostassem só de azul?!
    Um beijinho e volta sempre :)

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  3. Eu gosto dos Deolinda mas acho a música uma tristeza do género "oh pra mim tão desgraçadinho que não me dão tudo de mão beijada, vou fazer uma manif e pode ser que me ofereçam um carro e um emprego bem pago em que não faça nada". Estou a exagerar, claro. Mas vejo muita gente da minha geração que tem iPods, iPads, iPhones, carros bons e o raio e que agora resolveu colar-se a esta música e esticar a mão. Se há crise? Claro! Se a vida está difícil? Está. Tenho mais pena de quem está agora a acabar o curso, é que esses, se não forem os papás, nunca hão-de ter nada. E eu sou um falso recibo verde, não estou a falar de cor. Pronto, não disse nada mas pelo menos desabafei. Agora caiam-me em cima à vontade mas sejam educadinhos.

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  4. Não te caio nada em cima. Concordo contigo. Acho que há de tudo. Principalmente, acho que há muitos falsos à rasca... Ou porque nunca se esforçaram realmente por muito mais, ou porque simplesmente se queixam de barriga cheia. Mas também conheço os que ficam meses à espera de uma oportunidade melhor. Só não entendo bem os que se queixam SEMPRE de TUDO. A quem parece que tudo deve e ninguém paga. Há coisas boas e más. Adorava saber que, querendo, ficava na faculdade e, principalmente, no Observatório até ao fim da vida. Adorava. Mas não sei. Ninguém me garante. Ando aflita sempre que chega à altura da renovação, com medo que seja desta que não há dinheiro. Ganho cabelos brancos quando penso que tudo pode acabar de um dia para o outro, mas reconheço que... é o cansaço a falar. Porque depois há-de aparecer outra coisa... e outra... e outra. Já apareceram várias. Umas que podem ser aceites. Outras que, naquele momento, sensatamente temos de recusar. São opções da vida. Costumo dizer que não há nada que pague um dos meus trabalhos, que por acaso é aquele que estarei a fazer esta semana. Enquanto puder desfrutar do prazer de o fazer, de aprender mais aí, vou ter de aceitar as vicissitudes do seu estado precário, incerto, mal remunerado, até. Coisas... Agora, que acho que merecíamos melhor, muitos de nós, não tenho dúvidas. Esforçamo-nos ao extremo e não vemos muitas vezes o retorno disso... Enfim. Olha, também não devo ter dito nada, mas também me fez bem desabafar :)

    Ah... Fui recibos verdes até há um ano... também sei bem do que se fala.

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  5. Acho que explico bem o meu sentimento neste post

    http://poraquipasseimesmoeu.blogspot.com/2010/11/e-nao-deixavas-de-trabalhar.html

    Beijinho*

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