quarta-feira, 23 de março de 2011

Dia D. De rabinho entre as pernas.

Eu não quero eleições antecipadas. Não acho que vá ser bom. Só por isso. Isto está péssimo. Até aqui, não há novidades. Mas não me parece que possa melhorar por se levar o país a eleições. Bem pelo contrário. Despesas acrescidas, atenções desviadas, alternativas nada inspiradas. Sou contra o remedeia, o dá para agora. Fico em pânico com as políticas do curtíssimo prazo. Como com as leis. Quase tudo o que é bom leva tempo: a conquistar, a preservar, a consolidar. Não digo não às eleições antecipadas só porque sim. Nem porque tenha qualquer preferência partidária de momento (desacreditei de todos, já sabem). Medi apenas os prós e os contras e, sendo o óptimo inimigo do aceitável, manter a rota, sem grandes voltefaces mais engenhocas que engenhosos, isto parece-me aceitável. Junto com a consciência que não é um problema para os outros resolverem, mas em que todos temos de nos empenhar. Como quando se começa a sonhar amealhar para deixar à descendência algum conforto. Porque sou desta opinião, assim às claras, é que me sinto legitimada a dizer ao Primeiro que lhe ficou mal não ficar para o debate de hoje. Muito mal.

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