terça-feira, 27 de setembro de 2011

Episódios cheios de mimo

Ainda não eram nove horas quando me sentei aqui na sala para trabalhar, depois de um pequeno almoço reforçado com um croissant com compota de amora e uma chávena de chá de erva príncipe. Trouxe o resto do bule para aqui e ele já ia a meio quando, há bocadinho, o mano aparece, despenteado, com aquele quentinho de quem acaba de acordar, o pijama ainda com as dobras da noite. Senta-se ao meu lado, diz que está frio (tenho a janela aberta), dá-me um xi apertadinho e um beijinho repenicado no lado direito da cara. Depois, com voz de sono, diz que vai voltar para a cama e dormir mais um bocadinho porque só tem aulas à tarde. Eu digo que está bem e que, se não acordar, o chamo. Dá-me outro beijinho e arrasta os pés crescidos pelo tapete da sala até fechar a porta atrás dele.

O mano é tão grande e, nestas manhãs, assim saído dos sonhos de uma noite comprida, cheira-me a bebé, tal e qual como quando se me deita no colo para o cafuné. Para a semana o mano já vai viver para outra casa...

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