sexta-feira, 20 de abril de 2012

Do começo do dia

O dia começou às seis da manhã com uma mensagem estridente no telemóvel ao lado da cama e um susto de morte. Quem me liga a estas horas?! No visor, com os olhos ainda semicerrados, leio "Linda, foi bom, mas achava que ia ser melhor. Esta coisa de uma pessoa levar demasiadas expectativas... Beijos". Pronto, pensei, está razoavelmente sóbrio. Voltar à lide das saídas à noite como nos tempos de estudante tantos anos depois era coisa que temia com pior desfecho. Ainda não lhe respondi. Tenho estado a pensar nesta ironia de os melhores melhores amigos nos dizerem, mesmo sem querer, sempre as coisas mais acertadas, nas horas mais oportunas. De facto, esta coisa de uma pessoa levar demasiadas expectativas... Travei durante duas horas uma luta com a minha cama, que me puxava para a palha quente, enquanto a estúpida da minha consciência elencava o tanto que este dia precisa de ver cumprido. A cama ganhou. Sou uma fácil. Foi tanto e tão pouco que, quando a minha Dona G. tocou à campainha, lhe abri a porta com uma perneira dos collants calçada e a outra por calçar. Estou há meia hora no sítio onde, houvesse para tanto melhores condições, diz que devia estar todos os dias e tenho uma coisa a dizer-vos: estava-se melhor em casa. Vou ver se encarreiro os items todos da to do list e pode ser que ainda cá volte. Então, bom dia para vocês também, está certo?!

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