quinta-feira, 21 de junho de 2012

Das flores

Cada divisão da minha casa tem uma janela até ao chão e que dá para uma varanda. A bem dizer, talvez seja o que gosto mais nesta casa. Janelas amplas, luz e espaço exterior decente. Ali junto à janela da cozinha encontra-se o hospital das plantas. Amontoam-se vasos de várias cores e feitos com as enfermas. Cada um tem um sítio definido cá por casa, mas às vezes, ou pelo trabalho, ou por outras coisas, não lhes dou a atenção merecida e começam a dar sinais de algum abatimento. É aí que lhes pego com jeitinho e os ponho junto à janela da cozinha, para não me esquecer, nem que seja enquanto tomo o pequeno almoço, de lhes ver a água e de lhes falar cara a folha, rogando por sinais de melhoras. Neste momento, está um cacto moribundo do lado de dentro. Do lado de fora tenho dois malmequeres, um branco e um lilás. A ver. O resto anda bem e recomenda-se. A orquídea, os outros dois cactos, os dois antúrios, as violetas, as prímulas, as sardinheiras, os restantes malmequeres, os arbustos pequeninos e o abacateiro. As ervas aromáticas finaram-se todas, para grande pena minha. Agora tenho ainda o manjerico, mas está a perder a folha e cheira-me que anda sem grande vontade de se agarrar à vida,  deprimido com o aproximar do fim dos Santos. É assim, cá por casa.

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