sábado, 30 de março de 2013

Divisão de tarefas

Mum às voltas com a roupa, aproveitando esta nesga de sol que hoje decidiu aparecer para, dizem os entendidos, se sumir já amanhã. Eu desde as nove da manhã em modo doceira. Estou muito pro em ovos moles e tenho a dizer-vos que o feito equivale, na minha tabela de vontades, a um mestrado pré Bolonha. Quando conseguir fazer daqueles bolos que se cortam e emendam, considerar-me-ei doutorada na área. E, nessa altura, quem sabe, começo a dedicar-me mais aos salgados. Um dia vou cozinhar que é uma beleza. Não sei em que dia. Mas um dia, ah... um dia, eu também vou ser uma categoria na cozinha :)

sexta-feira, 29 de março de 2013

Rompe e rasga :)

Eu: Então, como é que isso anda a correr?
Mano: Oh mana, já sabes como é quando eu ando a trabalhar com o pai. Somos a equipa do "Rompe e rasga".

terça-feira, 26 de março de 2013

É uma panca como outra qualquer

Gosto de homens com barba.

Eurogrupo

O Eurogrupo admite que a solução encontrada para o Chipre pode replicar-se. Não gosto de ser alarmista, mas não me espantaria muito que a primeira réplica se desse por cá. Somos muito proactivos na imitação do que está mal feito. No Chipre, os depósitos superiores a €100,000 verão retidos 30% extraordinariamente e por conta da situação financeira do país. A situação financeira do país não é pior que a nossa, estou em crer. Portanto, o que me passa pela cabeça, como pensamento mau que tento enxotar para longe, é que o tecto da protecção garantida sofra um abaixamento no nosso caso. Não falo por mim, que tenho poupanças residuais. Tenho 31 anos e, embora trabalhe há nove, nunca estive isenta de estágios não remunerados, muitos recibos verdes, bolsas pequeninas e ordenados pouco expressivos. Tenho, como a grande maioria das pessoas da minha geração, conseguido equilibrar um nível de vida satisfatório com a acumulação de vários empregos, um esforço desmedido em não perder oportunidades e a sorte imensa de, nas horas de maior aflição, ainda conseguir contar com a ajuda dos meus pais para o essencial. Não somos ricos. E o que temos é fruto do trabalho de um empresário de uma PME que viu a vida virar-se do avesso aos 54 anos e começou de novo e de uma funcionária pública que, feitas as contas, ganha, neste momento, menos que há dez anos. Temos casa própria. Mais que uma, até. Cada um de nós tem um carro, o meu irmão frequenta uma universidade privada (por opção, atendendo ao curso) com uma propina milionária (literalmente milionária), conseguimos manter alguns prazeres, como viajar de vez em quando, passar uns dias com vida de hotel, ir ao teatro, ao cinema, jantar fora, comprar livros e escolher uma ou outra peça por colecção. Vemos estes prazeres tornar-se cada vez mais difíceis de manter, mas vamos resistindo a tomar parte na carneirada em que querem transformar-nos a todos, seguidistas impropriamente gratos por ainda viverem, como se nem disso fossem, per se, dignos titulares. Estamos exaustos. E se nós estamos exaustos, muitos, muitos, muitos portugueses estarão exaustos. No meu caso, sinto-me num barco à deriva, no meio de uma tempestade, com um flautista amador armado em capitão. Um triste, a quem fomos dando um desconto à conta de não o mandarmos à merda por claro e enervar ainda mais o resto dos passageiros. Mas agora que o casco se furou, que água entrou e que andamos todos de baldes na mão a ver se salvamos a pele, flautistas amadores armados em capitão dão-nos ganas de violência grosseira. Passam-nos pela vista apetecíveis imagens de espancamento e estamos quase quase a perder toda a paciência. Dizerem que pretendem ficar-nos com a meia dúzia de pertences que a custo protegemos nos camarotes pode muito bem ser o pretexto que nos faltava para começar a atirar gente borda fora. O Eurogrupo errou tanto neste cálculo. Até eu, com o meu pequenino e imerecido 15 a fiscal, consigo perceber o disparate imenso que é esta declaração. Há dias em que tenho vontade de me sentar num canto a chorar sem parar a agonia do meu país...

segunda-feira, 25 de março de 2013

Oh pá... tão foffiii!!!

Frases com história

Eu e o G., na cozinha, ontem. Eu a lavar louça (é uma tarefa de que gosto) e ele a preparar o jantar, a conversarmos sobre determinada pessoa. D. entra na cozinha e pede que ponhamos água a aquecer. Eu e o G. continuamos a conversar sobre a determinada pessoa. Passado um bocadinho, D. entra na cozinha e pergunta "Já ferveu?". Eu respondo "Não. Foi sempre tudo morno.". G. aclara "Linda, ela estava a perguntar pela água!". Eu desato a rir-me, estado em que permaneço, agarrada à barriga, uns bons três minutos sem parar. D., atarantada, pergunta se estamos a gozar com ela. G., em delírio, leva quase meia hora a conseguir explicar a piada da situação.

Enquanto escrevo isto, continuo a rir-me à gargalhada!


A Rita enviou-me esta imagem. Garante não conhecer ninguém tão romântico como eu. Sofre-se menos  não sendo assim toda dependência de palavras e gestos de amor invadidos, mas não gostava de ser diferente. Já uma vez vos disse que o maior elogio que me podem fazer é dizer que sorrio com o corpo todo. O segundo melhor, é garantirem-me que, apesar de tudo, apesar de tanto, ainda continuo do mais romântico que há. Sem peluches, sem rosas vermelhas, sem frases batidas (tudo blhac). Sou uma incorrigível romântica dos olhares, dos poemas sentidos, das flores do campo, dos gestos pequeninos tão sem medida, como dedicarem-me o tempo do fim do dia só à espera que se cumpra um desejo: que durma bem. Mas preferia casar ao sábado. Ao fim da tarde. Para ninguém ter de sair a correr e poder, com calma, ver nascer, com os meus preferidos, esse primeiro dia do resto da minha vida.

E levava-me ao altar #33

Ainda haverá homens capazes de fazer uma Serenata?!

Relvas

Alguém cale a criatura, a sério!

Receitas boas mas boas


Receita:
Pão de ló: 5 ovos inteiros, 3 gemas, 250g de açúcar e 100g de farinha. Batem-se os ovos inteiros, as gemas e o açúcar durante 15/20 min. e depois vai-se juntando a farinha, lentamente, batendo sempre. Deita-se o preparado num tabuleiro forrado com papel vegetal untado com manteiga e leva-se ao forno, pré aquecido a 220º, durante 10 minutos. Baixa-se o forno para 100º e deixa-se estar mais 5 minutos.
Ovos moles: seis gemas batidas, com um garfo, com seis colheres de sopa, mal cheias, de água. Num tacho, leva-se ao lume uma caneca de açúcar e meia caneca de água e vai-se mexendo sempre até que o açúcar dissolva. Deixa-se ferver durante meio minuto e apaga-se. Depois de deixar a água arrefecer um bocadinho, volta a ligar-se o lume muito baixinho e juntam-se-lhe os ovos, com a ajuda de um coador, para não passarem claras, mexendo sempre até engrossar.
Molha-se um pano de cozinha, torce-se muito bem e polvilha-se com açúcar. Desenforma-se o pão de ló, pincela-se com os ovos moles e enrola-se a torta.


Receita: usei esta (roubando muito, mesmo muuuito no açúcar...). Não tinha saco de pasteleiro cá em casa, portanto usei uma colher. Depois ainda tinha muitas claras e lembrei-me de fazer nas forminhas. Não se desenforma lá muito bem, mas a malta era da casa e portanto bateu tudo certo no fim :)

Ontem foi dia de torta de ovos moles (acho que estou especialista em ovos moles, pronto) e de suspiros, que não gosto de estragar comida e era preciso aproveitar tantas claras :)

O filme, sim, que isto foi para rematar um dos nossos jantares de cinema, foi o Skyfall 007. Tirando o facto de a doutrina divergir e eu o N. ficarmos tristes por morrer a M. e o resto da malta achar que, de facto, já estava na hora da senhora, gostámos muito e mimimi.

domingo, 24 de março de 2013

Felicidade é

Em compensação, felicidade sem preço também é chegar a casa a passar das duas da manhã depois de uma noite irrepreensível com os melhores ex alunos do Mundo e que, de seis em seis meses, vão organizando qualquer coisa com esta que vos escreve. Ontem até deu direito a fado dedicado. 

Ja disse que adoro a minha profissão?!

Ginástica de batuque

Ainda não eram oito horas deste domingo quando aqui ao lado decidiram pôr música de batuque a acompanhar uma ginástica sueca qualquer de competição. E é nestes dias que vejo como o chilrear dos passarinhos, em casa dos meus pais, todos os dias, como despertador, não tem preço. 

@ home

Lá fora



Cá dentro

sexta-feira, 22 de março de 2013

O Zé

A propósito da notícia segundo a qual José Sócrates será comentador da RTP, tenho apenas uma coisa a dizer: sendo para começar em Abril, acredito mesmo que aquilo seja uma antecipação do dia das mentiras. Dia 1, gramamos com ele. Dia 2, puff... a RTP volta a ter algum juízo naquelas cabeças.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Moinho de vento

Tenho um moinho de vento na minha varanda. Num dos vasos da minha varanda. Tem florinhas e muito côrrósaaa!!! Agora está de noite e não vou fotografá-lo. Mas um dia destes fotografo para vocês verem. É tão jolie :) 

Coisas giras

Ontem dei início ao longo e dispendioso, mas bom, processo de "angariação" de presentes para a já bem contada meia dúzia de afilhados. Os folares estão encomendados, as amêndoas compram-se mais perto e os presentes precisavam de ser encaminhados. Sendo alguns, os meus afilhados não podem contar com presentes propriamente estonteantes, no sentido de caros. Mas também é verdade que me empenho em encontrar coisas giras e adequadas a cada um deles e à fase em que se encontram. Ontem comprei dois presentes giríssimos. Não é para me gabar, mas são mesmo giros. Para o caçula rapaz, um relógio de corda para ser montado por ele. O relógio, se bem montado, ficará muito engraçado e funcionará mesmo. Para a R., comprei um presente que só por decoro não comprei também para mim. Gosto muito de flores. Mesmo, mesmo. Nos campos, na terra, mas também nos vasos. Acontece que, a somar a isso, tenho uma panca por flores prensadas, que vou guardando dentro dos livros ou em caixinhas forradas de tecido. Gosto, pronto. Ontem... comprei uma prensa de flores. Não comecem a mandar vir e a dizer que se matam as flores e mimimi. A prensa de flores serve para as eternizar. Não nos vamos por a prensá-las todas, mas acho um presente giro. Ambos do Imaginarium. Um das lojas de que frequentemente sinto que deveria ser um bocadinho dona. 

Bimba y Lola


terça-feira, 19 de março de 2013

Dia do pai

E o primeiro telefonema do dia vai para... the one and only: o meu!
Logo mais à noite, compõe-se tudo com beijinhos e xis!

segunda-feira, 18 de março de 2013

:)))))


Estou tãããooo feliz por ele!!!

Verdades e assim assim

Há dias em que me levanto da cama porque ouço dizer, desde que nasci, que é suposto fazê-lo. 

Polémica

Hoje li, a propósito da morte de Olivier Metzner, a seguinte frase "Advogado que se preze não defende narcotraficantes." e, desde que a li, a frase não me sai da cabeça. Não pelo que literalmente anuncia, mas muito pelo que lhe está subjacente. Esta incapacidade para acolher sem reservas o princípio fundamental segundo o qual qualquer pessoa merece defesa, é uma coisa que distingue o jurista do não jurista. Há outras, por certo, a separem estes dois lados, mas esta é, muito provavelmente, a mais profunda. Distanciar-se do amor ao caso para abraçar o amor à justiça é uma coisa que custa. Nunca me esqueço da escala em que me chamaram ao TIC e, à minha frente, tinha o alegado homicida da mulher. Depois de anos de tortura física e emocional, um dia, tê-la-ia matado. Ao lado, a filha, que chorava copiosamente e perguntava, repetidamente, se eu podia fazer alguma coisa. E fiz. E dizem que fiz bem. Aconteceu de não ser pronunciado. Ainda hoje me custa ter feito aquilo tão bem... Mas a verdade é que se amanhã fosse colocada na mesma posição, provavelmente, faria tudo ainda melhor... tantos anos passados e alguma coisa a mais entretanto aprendida. Deixei o foro sem grande pena. Não trago, porém, arrependimentos. Conflitos interiores, talvez. Os mesmos que me fizeram escolher outros caminhos, onde me sinto bem melhor. Mas enfim... Compreendo que para um não jurista o que eu digo não faça sentido algum...

Alimão, sim ou não?

Devia estar a estudar alemão... que daqui a nada há teste, mas estou a descarregar uma valente neura numa missiva para umas alminhas com as quais trabalhei há mais de um ano, que se fingem de mortas sempre que lhes pergunto quando pensam pagar-me e que hoje, reparem na diligência, me enviaram a declaração dos rendimentos que ainda não me pagaram!!! Sim... já passei recibo e tudo. Há muito, muito tempo. Acho que estão a gozar com a minha cara, pronto. 

domingo, 17 de março de 2013

Pessoas que dizem coisas mesmo acertadas

Às vezes, uma pessoa diz exactamente o que eu quero dizer mas ainda não me saiu. A última vez que me aconteceu foi na sexta feira. Também eu, quanto mais o tempo passa, menos gosto de pessoas muito cheias de si, todas elas peneiras e manias. Também eu, quanto mais o tempo passa, gosto é de estar com a minha avó ou ouvir as histórias do Senhor António da Bolacha Americana, ou conversar com o taxista bem humorado ou saber o que aconteceu para que fulano se encontre a arrumar carros. Também eu, quanto mais o tempo passa, menos ligo à extensão da escrita Doutor, à verborreia de coisas chatas e etéreas e, por sobre qualquer outra coisa, à futilidade incontida de quem vive vidas tão alegadamente irrepreensíveis que parecem não existir. Não me dizem nada. E cansam-me. Cansam-me tanto, estas pessoas. 

So sad

Se há coisa que eu acho triste é ver os irmãos afastarem-se por causa de terceiros que lhes irrompem a vida. É uma coisa que, mais do que quase tudo, me assusta. Não falo dos irmãos que nunca se deram ou daqueles que não passaram de parentes à luz da lei. Falo dos irmãos manos, os irmãos preferidos, as pessoas mais queridas de entre todas um para o outro. Falo desses. Falo dos irmãos que, na ausência de tudo, se tinham como certos, sempre. Até que um dia, por um terceiro, um dos irmãos rompe esse laço mágico que existe para os manos infinitamente siameses de quereres bem e... pufff... alguma coisa se quebra. Acho terrível. Acho tão, tão, tão triste. Tenho um medo disso... maior que o mundo. Não suportaria. E, apesar de tudo, prefiro, acho, para sempre, dizer-lhe o que penso, por mais que, na hora, possa não entender. 

sábado, 16 de março de 2013

Sooooo sweet

Ontem contaram-me a história de uma criança que, à pergunta "Um sinónimo de confortável?", respondeu "O colo da mãe!".

E pronto. Ninguém devia morrer sem conhecer um conforto dessa natureza.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Gosto de tuuuuudo! Tudo, tudo, tudo!



Domani



Primeiro, boto faladura. Depois, vou ter com as minhas meninas para ir ao teatro. 

E fico pela Invicta... o que só pode fazer do fim de semana um tempo bem bom.

Mimos

Ontem à noite, muito à noite, recebi tantos mimos. E dormi tão bem depois disso. Há alturas em que me esqueço como se dorme melhor com mimo. Detesto quando isso acontece.

Entretanto



a cor eleita foi esta. Curiosamente, chama-se eternal optimist.

O risco

Entre as coisas todas que tinha para fazer hoje, havia três que não tinham a ver com trabalho. Comprar um presente, esticar o cabelo e arranjar as unhas. Saí de casa para fazer as duas primeiras e achei que perdia menos tempo fazendo também a terceira por fora do que à pressa logo mais pela noite dentro. Enfim. Lá fui. Tenho, há uns três ou quatro anos, um risquito numa unha. Não é muito giro, mas é preciso quase estar com uma lupa para o ver. Nunca liguei. Normalmente, está pintado por cima, portanto, nem me lembro. Vai daí, hoje, sendo uma menina nova a arranjar-me as unhas, qual não é o meu espanto quando se passa completamente por causa do risco e me faz logo ali prometer que vou ao médico, que conhece uma pessoa que também tinha um risco numa unha e depois aquilo era grave, enfim. Meus caros: eu sou um bocado (muito) sugestionável. Eu, digamos, não posso ver vomitar que fico mal disposta, não posso ouvir descrições detalhadas de intervenções cirúrgicas que me dá para desmaiar, não posso e não quero ouvir diagnósticos de coisas graves que começam com riscos na unhas... num dia em que dava tudo por um bocadinho de paz e sossego. Reparem: eu optei por pintar as unhas na rua para não me stressar a pintá-las em casa e correr o risco de me passar da marmita tendo de refazer o processo umas sete vezes. Claro que pediu desculpa, disse que também podia não ser nada e tal e tal. Mas a coisa ficou a moer-me. Raisparta. Se pesquiso risco na unha no google, aparece-me de tudo. Não quero saber. Importam-se?! Amanhã boto faladura e por mais que não fique como o N. de cada vez que bota faladura, eu também sou uma pessoa dada a nervos nestas alturas. Portanto... já dei voltas à minha cabeça e estou a ver se me esqueço da porcaria do risco na unha. Marco consulta um dia destes. Fiz exames a tudo e mais alguma coisa em Setembro, fui à dermatologista há menos de um ano mostrar um sinal, mimimi. Nada. Não há-de ser um risco na unha a pôr-me abaixo, sussurra o meu lado racional. Depois, histérico, está o diabo do meu outro lado, desde as cinco da tarde, a repetir-me a conversa toda da Joana enquanto me arranjava as unhas. Ora mas eu... que podia tão bem amanhã falar de luvas e pronto.

Melhor melhor amigo

Eu: Nesse dia não posso. Mas façam sem mim, a sério.
Ele: Sem ti não tem piada.

E pronto. É isto.

Gosto de


tralha nos pulsos.

Work in progress*

Vou dormir. Talvez já sejam horas.

* Nada de começar aquilo. É uma dor de alma. Mas desde as dez da noite já fiz uma tabela de verbos em alemão aí com uns cinquenta exemplares, já corrigi exames e já fiz os critérios para publicitar amanhã, já fiz um resumo de uma apresentação e uma nota curricular abreviada, ambos para um congresso, já encomendei a tão desejada sleeve, já acabei de aprumar a apresentação de sexta (amanhã é só mesmo rever e pôr umas notas a lápis ao lado dos diapositivos impressos para não me esquecer de nada) e já li e corrigi mais vinte páginas de uma tese. Vou dormir, que estou a dar o berro.

Sleeve


É ou não é a coisa mais gira de que há memória?!

Estou a desgraçar-me tanto em "material para-escolar" este mês, pessoas...

segunda-feira, 11 de março de 2013

domingo, 10 de março de 2013

É domingo, está de chuva e... pequena R. pergunta ao leitor

Se pequena R. fosse um post, seria...

Saramago


Ontem comprei "O conto da Ilha Desconhecida". Li-o hoje, pela manhã, de uma assentada. É maravilhoso. Sinto que tenho alma de mulher da limpeza. Daquela mulher da limpeza.

Arte, cor e amor



Adoro saber que há pessoas como a Margarida, que dão a volta por cima assim... pela arte, pela cor, pelo amor.

Números

Não ligo muito aos números, mas venho-me perguntando... quando chego aos 235 seguidores. É um dos meus números preferidos. Tem os meus dois algarismos predilectos e forma um conjunto que me dá muitas ideias. Boas. E pronto. Se andar por aí alguém a seguir-me encoberto... esta é a hora. Não é comum fazer apelos à comparência, até me desgostam as multidões, mas por um 235 sou capaz de pôr o resto para trás das costas.

Anyone?! Caso para dizer: "Seguidor, vem e traz um amigo também :)".

Pequena R. pede ajuda ao leitor

Há por aí alguém de Cabo Verde? Melhor, há por aí alguém da Ilha de Santiago? Conhecem a Universidade de Santiago? Conhecem alguém ligado ao curso de Direito da referida Universidade? 

Preciso de assentar umas ideias.
Grata pela ajudinha, pessoas. 

Poemas do coração

Do not stand at my grave and weep,
I am not there; I do not sleep.
I am a thousand winds that blow,
I am the diamond glints on snow,
I am the sun on ripened grain,
I am the gentle autumn rain.
When you awaken in the morning’s hush
I am the swift uplifting rush
Of quiet birds in circling flight.
I am the soft starlight at night.
Do not stand at my grave and cry,
I am not there; I did not die.

M. Elisabeth Frye

Hesitei muito em deixar-vos aqui um vídeo. Há imensos no youtube, com este poema. Nenhum dos que vi, e já vi alguns, se compara em beleza ao concerto a que assisti há pouco. Sou até muito pouco fã de música sacra. Aliás, para ser franca, a arte sacra não é uma coisa que me atraia particularmente. Mas este poema é magnífico e a voz da Beatriz, no meio de uma multidão encerrada numa igreja fria, entrou-me aqui pelo coração. Comovi-me. Foi absolutamente arrebatador. Uma pena não ter gravado para vos deixar aqui a melhor homenagem ao Do not stand at my grave and weep.

Ele gostou!

E riu-se muito com a história do menino da livraria. E depois pôs a dar a música do Tom Sawyer. E, por fim, juntamente com a mulher e com o N., gozou comigo. E, mais uma vez todos os três juntos, fizeram-me sentir a pior pessoa do mundo, uma insensível... que não se lembra do Tom Sawyer. 

Vou rifá-los. Vou arranjar outras pessoas para a minha vida, pronto. 

sábado, 9 de março de 2013

É segredo

Se há coisa capaz de beliscar a minha amizade infinita com o G. é o facto de eu não me lembrar do Tom Sawyer. Ele não me perdoa. É um ponto fraco na nossa relação e sempre que lhe dá para me catequizar acerca do Tom Sawyer acaba chateado comigo porque eu não sei cantar a música. O G. já me cantou a música do Tom Sawyer vezes sem conta e quase se emociona com aquilo. Bate-lhe mesmo forte. Conta-me as histórias do boneco e manda-me links do facebook para ver se o Tom me cativa. Eu, lamento, embora nascida nos idos de 80, NÃO ME LEMBRO DO TOM SAWYER. Hoje tive de ir à livraria e, sem contar, dei de caras com uma colecção de livros de bolso em inglês, com as histórias da nossa infância - da Alice, das Mulherzinhas, do Corcunda de Notre Dame e... do Tom Sawyer. Não resisti. Peguei num livro e pensei que não resistia a oferecê-lo ao G. Estava muito bem na caixa a pagar aquele e todos os outros livros que trazia comigo quando o menino começa toda uma dissertação sobre a importância do Tom para a geração de 80 e como me entendia por não resistir. Contei-lhe que o livro não era para mim, era para embrulhar, e mais toda a história da minha amizade com o G., beliscada à custa do boneco. O menino fez-me um sorriso amarelo e, incrédulo, reiterou-me, pela enésima vez na minha vida "Como é que alguém pode não se lembrar do Tom Sawyer!".

Não contem a ninguém. Depois venho cá relatar a reacção do G. a tão inesperada e bela prenda. Estou em pulgas :)

:)

Ele: Esta semana vou tratar da minha beleza.
Eu: Qual?!
Ele: Tu és mesmo parva...

Aquilo

Hoje disseram-me "Claro que ainda tem tempo de escrever a tese." e eu pensei "É capaz. É uma questão de me sentar e, vá, juntar letras a formar palavras e depois palavras e formar frases e por aí fora. Simples assim."

O amor... em palavrinhas


Costumo brincar e dizer que os homens que lêem são muito mais complicados. Se escreverem bem e puserem as vírgulas no sítio, então, devem ser mesmo difíceis de entender. Depois lembro-me que os outros não têm piada nenhuma e que não há clic off maior que escrever "Amute"!

sexta-feira, 8 de março de 2013

Eles são diferentes... não há nada a fazer!

Uma das principais diferenças entre os homens e as mulheres, para mim, é a falta de treino deles para falarem de si próprios. A sério. Acho que é mesmo uma questão de treino. E eles não treinam isso. Nós falamos muito de nós, não temos grandes dramas psicológicos por partilhar o lado mais negro ou menos bonito da nossa vida com as amigas. Não o fazemos com meio mundo, bem vistas as coisas, mas repetimos os nossos dramas vezes sem conta, cheios de pormenores, à mesma amiga, meses a fio se for preciso. Dissecamos os assuntos, ensimesmamo-nos neles e queremos entendê-los (estou a falar dos assuntos... embora o mesmo se aplique aos homens, vá). Dou por mim às vezes com as ideias todas a atropelarem-se na minha cabeça e não é brincadeira se vos disser que já me apeteceu fazer esquemas para ver se entendia melhor o emaranhado de prós e contras de uma ou outra situação. Nós falamos do tempo, da colega de trabalho, do bule novo que comprámos para servir o chá em casa, das colecções das lojas, dos livros que andamos a ler, dos sítios onde mais nos dói a depilação, de como nunca mais esquecemos a vez em que fulano nos dedicou um poema, da saúde dos pais, da avaria do carro do tio, da conta poupança da prima, de tudo. Mas também falamos de nós, do que nos vai na alma, adentro o coração, pronto. Escancaramos a porta dos sentires e somos capazes de, na mesma conversa, ter momentos de pranto doído e riso descontrolado. É isso que nos liga às outras mulheres (no meu caso, também faço isto com o G., mas concedo que seja uma excepção). Nós treinamos, portanto, falar do eu,  tanto ou mais que da circunstância. Eles não. Eles podem ser calados por natureza e pronto, emburram para ali e não há nada a fazer. É um tipo. Mas nem é desse que agora me ocupo. Monos não fazem o meu género. Ocupo-me mais de um outro género, nem mono, nem bobo, mas porventura também enervante. Fala de tudo, de futebol, de sexo, de filmes, de livros, de músicas, de viagens, de museus, da profissão, dos colegas, da mãe, do pai, da avó, da irmã, do irmão, dos sobrinhos, dos tios, do piriquito, da empregada, do homem do condomínio, do fato da neve, do jornal de há quinze dias, dos escuteiros de quando era puto, da consulta do dermatologista, mas não fala dele. Pior, por falar de tudo aquilo, convence-se e quer convencer-nos que nos fala imenso da sua vida. E, por aí, de si. Ora, nada é mais falso. Eu posso saber a cor dos boxers que o homem traz vestidos e saber com que idade lhe caiu o primeiro dente de leite e, ainda assim, ter toda a ignorância do mundo acerca do eu que é ele, do que lhe vai por ali adentro nos sentires e nos quereres que não se compram. Este tipo enerva-me. É o tipo que amua se depois de três horas a falar de física quântica ou migração de andorinhas nós lhe pedimos que fale de si. Amua. Cala-se. Faz-se de morto. Já achei mesmo que, lá bem no fundo, não lhe era assim importante, me ignorava, que nos tinha aos dois juntos em tão fraca conta que não estava para me falar de si. Depois repetiu-me uma quinhentas vezes que é muito da sua circunstância e que só sendo distraída não percebia que ao falar-me dela me falava, também, muito, dele. E deixei-o ficar com a bicicleta. Mas enerva-me. Não é o único. Ao que parece. Temos a vida povoada de gente assim avessa a escancarar-se. É uma chatice. E podia tão bem resolver-se. Bastava treinarem. Mais que não fosse, um bocadinho, cada um, com a mulher que escolhem para falar do resto.

Sei que as minhas amigas não me têm em grande conta quando

lhes digo "Era mesmo giro e, ainda por cima, inteligente. Além disso, na ficha de aluno dizia 1999, portanto obedecia àquele requisito de ser crescido..." e elas acham que 1999 é o ano de nascimento do rapaz e não o seu primeiro ano de matrícula na faculdade...

Dia delas

Não gosto. Não me revejo. Confesso que, para mim, apequena as lutas que lhe estão na génese. Ninguém lutou para ter um dia. Luta-se ainda hoje para que os direitos das mulheres sejam uma coisa de todos os dias. Não gosto, enfim. E gosto ainda menos da maneira apoucada como algumas mulheres se sujeitam a comemorar o alegadamente seu dia. Sinto vergonha alheia. E é horrível sentir vergonha alheia.

:)

Vou trabalhar. Passei a manhã a ver televisão.

P.S. Não atirem pedras, que não é nada do que podem estar a pensar.

quinta-feira, 7 de março de 2013


Não foram horas. E não foi tudo. Nem sequer foi sobre ti, propriamente. Mas houve chá, queques de laranja, pijama vestido e mantinha no sofá. Às vezes acho mesmo que isto é amor. Mas não desses que dão para duas pessoas casarem, terem filhos e viverem juntas, felizes para sempre...

Rendi-me


às massagens com velas. Por mim, ainda agora lá estava. Para quem, como eu, a parte de que menos gosta numa massagem é a pessoa ficar toda peganhenta e oleosa como se estivesse pronta a fritar, esta, meus queridos, é a massagem perfeita. Hidratação profunda, toque de seda, um quentinho gostoso e o aroma dos deuses. Qualidade de vida, já ouviram falar?! Pronto. Também é isto.

Para mais tarde recordar

Muito tempo e uma camada de nervos depois:

Eu: Teimoso. Eu tinha pena, se fosse assim teimosa.
Ele: Apre.*

E lá foi dormir.
Se não são as mulheres a meter juízo na cabeça dos homens...


* Costuma calar-me com o "Não se pode ser teimoso sozinho", mas hoje escapou-lhe. Eu bem sabia que o mal dele era sono...

quarta-feira, 6 de março de 2013

Tivesse eu um blog secreto, escondido, insuspeito, desconhecido, e escreveria hoje que o amor é isto. Pode não chegar, mas o amor, ah, meus queridos, o amor é muito isto.

Mimo

é dizer "Já passou" ou, na hora do maior aperto, "Vai passar". Mas também é ficar. Para ver no que dá. Com uma infinita paciência. Só porque sim. Ou por outras razões. Não confessadas. 

Ponte

Há anos que não fazia a ponte. Anos. Muitos. Fiz hoje. Outra vez. E já não me lembrava como é preciso ter força nos braços.

Em amarelo, como em bom!

terça-feira, 5 de março de 2013

Agradecida

Preciso de uma receita de queques rápida e eficaz. É preciso contribuir para a festa, mas tenho uma tese de mestrado para ler e corrigir ainda durante esta tarde. Vai daí, tempo é coisa que não abunda. Alguém tem ideias?! Merci!

Os mails

"Pessoa muito adorada da minha vida,

...

Lov u,
xyz"



são assim!

Avó

Faz hoje 80 anos. E lá vamos nós, mais logo, reunir os de casa.

O hábito faz o monge

Ou, no caso, o hábito faz a praticante.

Um mês depois, demorei praí uns três minutos até conseguir fazer novamente a asana invertida em termos decentes.  Decididamente, nestas coisas das boas práticas também físicas, parar é a desgraça da artista.  

Yoga


Um mês depois, voltamos daqui a nada. Saudadinhas. Temos de ver se, mesmo com exames para corrigir durante as noites e provas orais para fazer durante os dias, não volta a acontecer ficar um mês inteiro sem lá pôr os pés. É isto. Vamos alterar a hora da prática. Vamos passar para a hora de almoço. E pronto. O máximo que pode acontecer é uma vez por outra não almoçarmos. Who cares?! Os iogurtes líquidos foram feitos para essas ocasiões.

Tão R., pessoas. Tão, tão...

Gosto de tuuuuudo. Não sei se já vos tinha dito.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Alimão

Preciso de um gemischte Verben cujo Perfekt se faça com sein.

A professora diz que quem descobrir um ganha um prémio. Eu tenho esperança que o prémio seja tirar positiva no fim do ano...

Era uma ajudinha, oh pessoas entendidas.
Grata!

Desafios

Coisas sobre mim já todos sabem. Muito mais que onze, até. Nomear bloggers e assim não me apetece agora. Resta-me responder às perguntas da Maria e esperar que não fique muito triste por me ver atabalhoar assim o desafio.

Cá vai:


1- Com sinceridade, o que acham da nossa posição política actual? 
Acho que é frágil. E, pior, acho que é muito pouco soberana. Sendo uma defensora da Europa, vejo-me, volta meia volta, a relembrar as vantagens dos Estados - Nação. Depois lá me ocorre que também havia desvantagens. Muitas. E que para a frente é que é o caminho...

2- Acham que fariam melhor, ou sabem se alguém faria melhor?
Eu não me ofereço para a política, já aqui disse várias vezes. Não gosto. Aliás, tem muito a ver com aquela coisa de não ser muito fã de trabalhos de equipas muito grandes em que não conhecemos muito bem toda a gente e, por isso, me custa assinar em cruz.
Tenho uma ou duas pessoas que gostava de um dia ver a mandar. Confio nelas, enfim, acho que é isso.

3- Qual foi a disciplina que mais gostaram de estudar na vossa vida?

4- Um sonho dos simples, qual?
Etc.

5- O que vos faz escrever?
Eu adoro escrever. Eu adoro falar. Eu adoro palavras.

6- Acham que o Carlos Cruz é culpado na questão da Casa Pia?
Ainda confio na justiça deste país. Acho mais fácil deixar livre um culpado que mandar prender um inocente. Portanto...

7- São a favor da pena de morte?
Claro que não. Embora tenha a humildade de reconhecer que teve o seu momento histórico e que, naquela altura, provavelmente, faria muito sentido. Qualquer dia, a pena de prisão talvez já nos pareça a todos uma grande selvajaria... É o mundo a andar em frente, lá está.

8-  São a favor dos casamentos homossexuais?
Ainda esta discussão?!

9- Porque é que gostam/ou não gostam da Margarida R. Pinto?
Dá-me igual. Não vale a pena tapar o sol com a peneira. Tive os meus anos de MRP, de Paulo Coelho, de Susanna Tamaro, enfim. Agora não me apetece lê-la, mas reconheço que para muita gente é o único tipo de literatura apetecível. E mais vale ler a MRP, a Caras, a Vip ou os panfletos do supermercado do que não ler nada...

10- O que detestam ter que fazer? 
Tirar sangue.
Corrigir exames.
Etc.

11- Acreditam que um dia as religiões (todas) vão desaparecer e que o mundo vai ser só científico?
Nem por sombras. 

Poemário essencial

Ontem comprei o Contabilidade, do vhm, e o Poesia Reunida, da Maria do Rosário Pedreira. Soube-me pela vida acordar mais cedo só para poder, hoje, começar o dia com poesia. Sou muito de prosas. Mas sou ainda mais de poemas.

A mochila



está, finalmente, encomendada. E é esta.

Mantra

sábado, 2 de março de 2013

2 de Março

Tremo só de cogitar a hipótese de a alternativa se chamar António José Seguro.

Adoro esta ideia


Poemário essencial


Céu baixo, grosso, cinzento 
e uma luz vaga pelo ar 

chama-me ao gosto de estar 
reduzido ao fermento 
do que em mim a levedar 
é este estranho tormento 
de me estar tudo a contento, 
em todo o meu pensamento 
ser pensar a dormitar. 

Mas que há para lá do sonhar? 

Vergílio Ferreira

sexta-feira, 1 de março de 2013

Tão verdade...

Aquilo

Comprometi-me com o orientador. Começaria a escrever em Março. Escrever mesmo. Seguir o plano, começar de uma ponta a eito. Agora olho para Março e sinto um misto de prazer e agonia. Prazer: tenho uma deadline... tenho de começar a escrever. Preciso ter a primeira parte fechada antes da próxima leva de exames, em Junho. Com prazos, com metas, isto vai lá. Agonia: escrever o quê? escrever como? escrever quando? Não sei escrever... Ai.

Sou tão boa a mandar na vida tésica dos outros e tão má a comandar o imenso barco em que se transformou a minha. Acabo de dizer "Chega. Segunda feira sentas-te e voltas à tese. Não há mais desculpas.". Depois desliguei e pensei... "Bem prega Frei Tomás. Olha para o que ele diz, não olhes para o que ele faz."

M-E-D-I-N-H-O!

Março


Não gostava de Março. Depois chegou um dia em que, por interposta pessoa, passei a olhar Março com outros olhos e Março é, desde aí, um dos meus meses preferidos.