segunda-feira, 10 de junho de 2013

Gosto de

luz, de dias claros, mas amenos, de canetas de ponta fina, de molhar o pão em azeite, de muitas pulseiras nos pulsos, de sementes de girassol, de solas de borracha, de filmes com finais felizes, de novelas em que os maus vão presos, de ovos moles consistentes, de almofadas coloridas, de livros sublinhados, de poemas desaparelhados, de lápis afiados, de ler em italiano, de fitas no cabelo, de leques em madeira, de carteiras à tiracolo, de fotografias com pessoas, de velas de jasmim, de pisa papéis transparentes, de leite creme queimado, do cheiro de lavado, de listas de tarefas, de prega fácil, de cafuné demorado, de cevada de manhã,  de pão torrado, da lua num céu estrelado, de um arrumador educado, de dançar até cair para o lado, de cera que não repuxa, de massagens demoradas, de banhos de espuma, de um cálice de vinho do Porto, de passear por Lisboa, de pequenos almoços de hotel, de conversar com os amigos, de ir à praia com chuva, do infinito do mar, de capelas de pescadores, de quadros impressionistas, de pessoas que riem com o corpo todo, de mãos dadas, de unhas pintadas, de bolo de chocolate, de beijos apaixonados, de campos semeados, de pássaros nos telhados, de figos recém apanhados, de poemas declamados, de contas certas, de rádios dos carros ligados, de luzes de presença, de argolas de guardanapo, do bife bem passado, de ananás laminado, de puxadores coloridos, de andar descalça, de vestidos corte império, de recados do mano, de flocos de amêndoa, de mangas a 3/4, de dormir até tarde, de ver fimes de animação, de banda desenhada, de pegar em bebés ao colo, de dar aulas, de livros de colorir, de chá quente, de collants pretos, de ser citada, de hortenses nos jardins, de panos de tabuleiro, de snifar quem amo, das peças do La Féria, de cabelo solto, de legumes salteados, de vasos de lata, de mantas nos sofás, da broa da minha avó, de cartas de amor e de nos termos achado.

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