terça-feira, 16 de setembro de 2014

Afinar a mão

Somos de um tempo em que tudo se alcança com um clique. Procura-se a bibliografia em bases de dados digitais, copia-se um número, preenche-se uma requisição e os livros aparecem. É tudo muito lindo. É. O pior é fazer teses sobre coisas onde tem de se citar gente de mil nove e troca o passo. Aí é ver-nos encher as pontas dos dedos de pó, a procurar, separando ficha de leitura por ficha de leitura, o nome dos tipos, escritos à mão com letra de história de encantar. Hoje era Pessina e Mezger. Ainda não ficamos por aí. Há sempre mais um desgraçado que se lembra de me citar uma alma penada e me faz ganhar comichões de pensar em ignorar o defunto. Sou uma mariquinhas. E meti na cabeça que os apuds não são para abusar. Faz-me tãããooo mal ser assim...

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