quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Habemus christmas tree :)


Nesta casa, já é Natal!



P.S. Eram cinco da manhã quando enviámos, juntos, a tese para a gráfica. 
Segunda, será entregue.  Em breve, conto-vos tudo.
Agora vou dormir... 

domingo, 23 de novembro de 2014

Ainda esta semana, se Deus quiser,


hei-de ter a recompensa de tantos dias, tantas noites, tantas semanas, tantos sábados e tantos domingos sentada a uma secretária. Hei-de ter tempo para fazer a mais bonita e desejada árvore de Natal, vestir a casa de christmas mood e acender grinaldas de luzes a guiarem o meu caminho de agora em diante.


Isto é muito difícil. Isto cansa-me como não podem supor. Já fechei as primeiras partes da tese mais de vinte vezes. Volto sempre para corrigir mais qualquer coisa, escrever mais meia dúzia de linhas, introduzir só mais um artigo, ver se agora as coisas fazem mais sentido, estão mais explicadinhas, eu sei lá. Tenho a terceira parte a sair-me com dores. São dores nas costas, muitas, muitas, muitas, são dores nos pulsos, dos movimentos rotineiros, são umas putas de umas guinadas aqui do lado direito da cabeça, são angústias a esfrangalhar-me o coração, e o diabo a sete. A terceira parte sai-me como um parto... um parto a ferros, quentes e afiados. Um parto a lâminas, ou o raio. Não estou sozinha e mesmo assim volta meia volta desabo e choro como se o mundo fosse acabar. O meu homem trabalha na mesa da cozinha, não descansa, dorme pouco, mima-me muito, faz-me as refeições, lava-me a louça e inventa novas disposições para as almofadas decorativas da cama. Ainda consegue vir aqui de hora a hora dar-me um beijinho na testa e dizer que está quase. A mim só me apetece desistir e arrumar as botas. Estou farta. E vazia de palavras.

Para memória futura...

Há dias em que acho que não vou conseguir levar isto até ao fim. Hoje é um desses dias.

sábado, 22 de novembro de 2014

Sócas, o reinadio

Andou o Sócas a meter medo às pessoas, que o Mimi vinha e comia crianças ao pequeno almoço e o raio, e vai na volta o Sócas é que nos andava a ir ao bolso como se não houvesse amanhã. Eu, que sou uma pessoa justa, digo já que entendo o Sócas. Por um apartamento de três milhões em Paris também era gaja para lavar notas. Com a diferença de no meu caso a única maneira conhecida de as lavar é deitando-lhes vanish para cima, mas pronto. Metido no imbróglio em que está, o PS deve estar com uma dor de cabeça daqui até para lá de Bagdad. Safa-se o Seguro que, digo eu, que não sou de intrigas, deve esfregar, por esta altura, as mãos de contente ("Eu avisei... Muuuaaahhhhh (riso maléfico)"). João Soares, que há alturas (muitas) em que fala para não estar calado, já deu o pontapé de saída para a tese da cabala. Tenho a sensação de ter ouvido isto no Caso Casa Pia. É, pois, um argumento vintage dos socialistas. E assim vai Portugal. It's the final countdown. Eu tenho cinco dias para acabar a tese. O maroto do Carlos Alexandre meteu na cabeça que em pouco mais nos livra da classe política. É um lírico. Adoro!

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

É um desabafo, só isso!

Há uns anos atrás, li, muitas vezes durante a noite, duas teses de doutoramento de fio a pavio, discuti ideias e sugeri alterações. Hoje, a braços com a minha, tenho muitos amigos a ajudar (uns lêem, outros ajudam a escrever coisas, há o M. que me fez a capa, dezenas trouxeram-me livros dos mais diversos sítios do mundo, tantos aparecem só para dar um beijinho, imensos telefonam só para dar uma palavra amiga, sei lá...), mas daquelas duas pessoas, das pessoas a quem também eu ajudei numa tarefa destas, nem sinal. Nada. O mais profundo e seco silêncio. O N., que é um dos meus melhores amigos e alguém que tem vivido esta tese de muito perto, conforta-me, diz-me que não tem mal sentir uma ponta de ingratidão nisto tudo, que não estou a ser má, estou só a ser humana. No outro dia, enquanto me recolhia mais meia dúzia de artigos e mos vinha deixar propositadamente a casa, encontrou-me outra vez a pensar no mesmo e resumiu esta coisa que me abala os fígados. De facto, quem me ajuda, tal como eu, quando ajudei, não o faz numa lógica pura de reciprocidade, à espera seja do que for, além de um "muito obrigada"! Acontece que, porém, lá no fundo surge como absolutamente natural um empenho semelhante numa outra hora em que também tenham uma coisa destas em mãos. Não me passa pela cabeça não ajudar o N. (a seguir, fazemos a dele, dê por onde der!), o G., a H., a C., o M., o meu homem e todos aqueles que agora me fazem sentir que, aconteça o que acontecer, não estou sozinha... Por isso é que, por mais voltas que dê à cabeça, não entendo. Não entendo este vazio, este telefone sem tocar, nem que seja para dizer que estão a rezar para que corra tudo bem. Não percebo. E, honestamente, magoa-me um bocadinho. 

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Homenagem a Carlos do Carmo

Não sou uma fã incondicional de Carlos do Carmo. Há, efectivamente, muitos outros fadistas que prefiro e cuja interpretação do fado me toca mais profundamente. No entanto, é incontornável o orgulho nacional devido a Carlos do Carmo no dia de hoje, pelo Grammy que recebe, mais logo, nos Estado Unidos da América. A Rádio Comercial, a esse propósito, fez-lhe uma homenagem belíssima e, numa altura em que procuro não invadir o blog com queixumes, esta pareceu-me a maneira mais bonita de dizer que falta uma semana para pôr a tese a fotocopiar e, apesar disso, o mundo, à minha volta, continua, maravilhoso, a surpreender-me também com coisas boas.

sábado, 15 de novembro de 2014

Mum - a composição

A minha mãe sonhou que não ia ao meu casamento porque tinha de ir para a escola dar o 9!
A minha mãe tem, este ano, a primeira classe. 
A minha mãe anda preocupada com a escola.
Mesmo. Muito.
Depois o sonho continuava com a colega dela a dizer que lhe ficava com os alunos um bocadinho para ela dar um salto à cerimónia.
A minha mãe ia, mas a cerimónia já tinha acabado.
Segundo a minha mãe, no entanto, o grave é que, com a atrapalhação, tinha ido de leggins.


Acho que andamos todos a precisar de descanso. 

Ao acordar

Eu, num esquema de pergunta-resposta a que ele só consegue assistir, sem nada dizer: Sabes qual vai ser a primeira coisa que vou fazer quando acabar a tese?! A árvore de natal. E sabes qual vai ser a segunda?! Uma limpeza a fundo a esta casa.
Ele, ainda ensonado: Tu não és normal!
Eu: Depois... durmo!

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Pequena R. sugere ao leitor

Antes de cair na cama, duas ideias para quem for de Coimbra ou arredores ou, não sendo, queira vir até cá :)

Um Mercado de Natal, nos dias 22 e 23 de Novembro. Já fui desafiada e quero muito ir, mas duvido que na data em que se realiza consiga pôr o nariz fora da porta. A ver vamos. De todo o modo, é um mercado de Natal, bolas... e há poucas coisas mais mimentas que isso. Vejam tudo na página de facebook da Quinta do Ribeiro, aqui.

E uma Feira de Marcas, no dia 13 de Dezembro. É num espaço que ando doida por conhecer, bem no centro da cidade, e, para além de podermos comprar o que nos apetecer, estamos num evento que visa angariar bens alimentares para a Comunidade Juvenil de S. Francisco de Assis. Tudo, aqui.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

December


Nunca tanto como este ano quis Dezembro. E, no entanto, nunca tanto como este ano temi Dezembro. Dia 1, pela manhã, se tudo correr como previsto, vejo-me livre deste fardo, deste peso, desta angústia permanente. Não sou ingénua ao ponto de achar que há uma vida antes e outra depois de dia 1 de Dezembro, mas sei que, por agora, preciso de abrandar, atingi há muito o limite máximo da minha energia, da minha força e da minha determinação. Somado ao medo imenso que não abranda, há um descaso com o depois e uma concentração genuína no Dezembro. Quero chegar bem a Dezembro, quero que Dezembro comece e acabe livre de sobressaltos. Só para ver se me reergo e ganho em tamanho a coragem para voltar às lutas. Tenho feito esta tese em condições pouco saudáveis. Tenho tido mil coisas mais importantes a chamarem por mim. E, nas horas vagas, lá volto eu a arrastar-me para escrever mais duas linhas. Mais que uma coisa brilhante, ambiciono qualquer coisa acabada. Um dia, quando isto acabar, conto-vos dos sobressaltos que apareceram desde Agosto, das tardes inteiras em que as lágrimas me molharam o teclado do computador e de como, mais que uma tese, este é um trabalho demasiado árduo de superação. Não porque esteja muito bem (começo a achar que, se calhar, nem está), mas porque, contra todas as expectativas, se vai fazendo. Não sei se e como hei-de pôr termo ao demónio, mas continuo focada numa verdade indesmentível: já faltou mais. 

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Paps... o idoso!

O meu pai está com gripe. Como qualquer homem, faz render os sintomas da doença e pedincha mimo constantemente. Ontem, quando a minha mãe lhe perguntou, à noite, se estava melhor, a resposta foi pronta:

- Eu, eu não. Eu estou na mesma. Mas também já decidi, se continuar assim mais dez dias, vou aceitar que sou velho. Sabes, costumo ver os da minha idade já todos caídos, mas achar que eu não, eu ainda sou um garoto. Está na altura de aceitar: estou a ficar velho. Mas não gosto.

Ele bem tenta...

Eu: Diz-me coisas boas que vão acontecer quando eu entregar a tese, por favor, para ver se eu me aguento mais uns dias sem me ir completamente abaixo...
Ele: Olha, vamos poder viajar muito, passar fins de semana fora, dar imensas jantaradas para os amigos, sei lá, dormir até às duas da tarde ao fim de semana, casar, ter filhos, escolher casas, ler romances... e ver televisão.

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Chegou finalmente o Inverno

e essa é a boa notícia. Trabalhar e pantufas e manta nos joelhos faz milagres por mim. Abaixo o calor, pim. Viva o Inverno. E o frio. E a lã. E as botas, casacos e cachecóis. Abaixo as pernas sem collants. Viva o chá. Viva. Viva a lareira acesa. Viva o Natal. Viva. 

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Desabafo... (que o circo parece que nunca mais acaba)

Tanta coisa a ocupar a minha pobre cabeça, tanta página ainda para escrever, tanto autor por citar, tanta merda por resolver, e esta vem-me agora com o problema da antiguidade. Eu devo ter cuspido no meu Santo, só pode. Puta que pariu, a Sorte.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Todos os dias

Todos os dias há mais medo. Todos os dias o desespero aumenta. Todos os dias levantar-me da cama custa mais. Todos os dias me apetece desistir com mais força. Todos os dias, todos, tenho uma vontade imensa de me afogar nas lágrimas que não vou chorando para não me embaciarem a vista. Todos os dias penso que não vale a pena, que isto não vai acabar, que se isto acabar vai acabar muito mal e porcamente, pronto a encher-me de vergonha e pena de mim, da desilusão em que me transformei. Todos os dias aparece um problema novo, uma chatice pior, uma preocupação grande. Todos os dias tenho de me arrastar para o mundo e fingir que resisto, que vou resistindo. Todos os dias. Todos. Hoje, agora, outra vez. O N. diz que o meu Santo meteu férias. Eu vou-me esforçando, para lá das forças que me conhecia, para não atirar a toalha ao chão, não dizer que já chega, não suplicar pelo fim pacífico deste tormento. Vou-me esforçando, todos os dias, por perceber a mensagem. Se entregar esta tese, na sua versão definitiva, decente, a 1 de Dezembro, mais que do meu brio, da minha inteligência ou do meu trabalho, ela será, isso sim, o fruto de um imenso milagre.