quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Em 2015


casei-me e fui de lua de mel para a Lapónia.
Conto-vos tudo em breve.
Por agora, desejo-vos só o melhor do mundo para 2016: muita saúde, muita paz e muito amor.
Até para o ano, mais presente. É uma intenção. Bem boa.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Querido Pai Natal,

faltam treze dias para visitar a tua Aldeia. Pensei escrever-te uma carta e pedir-te um sem fim de coisas pelo Natal. Afinal, talvez não volte a ter-te assim tão por perto, à mão dos mais que muitos pedidos que seriam normais nos meus Dezembros. Acontece, Pai Natal, que não tenho lista. Levo os recados no peito, guardados no mais fundo do meu coração. Quero saúde. Quero amor. Quero paz. Quero alegria. Quero tolerância, paciência e serenidade para ver o copo meio cheio. Todos os dias, ou, pelo menos, muitos, muitos dias, a maior parte deles, aquela que faz a balança das pessoas pender para um dos lados. Quero um casamento para toda a vida. E gente a vê-lo. E a vivê-lo connosco, a participar na construção diária da família de que queremos ser os pais. Quero isso. Gente. Boa. E corações com calma, a bater sem sobressaltos grandes. Quero manhãs de mimo e noites de sono descansado. Também quero uma casa, mas, mais que isso, muito antes, quero manter o lar para que trabalhamos vai para muitos meses. Quero isso. Para mim. Mas... acima de qualquer outra coisa, para os meus. São quatro. E mais uns poucos. Os melhores. Quero muito. Com muita força. Determinada a merecer e conservar o que me deres. Quero. E espero. Obrigada. Tua. R.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Pequena R., a dona de casa

Sei que o blog mudou definitivamente de rumo e a malta já nem sabe bem quem sou quando recebo este mail:

Boa tarde,

O programa “A Tarde é Sua”, emitido de segunda a sexta-feira na TVI, e apresentado por Fátima Lopes, encontra-se a preparar uma temática relacionada com donas-de-casa. Pretendemos que seja um tema divertido, com convidadas que gostem de ser donas-de-casa e não tenham qualquer tipo de problema em falar sobre isso. 

Assim, vimos por este meio perguntar se estaria interessada e disponível para participar nesta temática.

A temática em causa será abordada já na próxima quarta-feira, dia 09 de Dezembro. A participação no programa implica a presença dos convidados nos nossos estúdios (situados em Queluz de Baixo = sede da TVI), sendo necessário, da nossa parte, um contacto prévio, via telefone com a pessoa em causa. De referir que as despesas de deslocação serão da responsabilidade da produção do programa. Agradecemos a atenção dispensada e ficamos a aguardar uma resposta da V/ parte, com a maior brevidade possível.

Com os melhores cumprimentos,

Na realidade, eu até sou dona de casa. E gosto. Tirando o pequenino pormenor de cozinhar decentemente apenas rolo de carne e salmão, sei fazer tudo, tudo, tudo o que uma dona de casa faz. E gosto, repito. Digo com alguma frequência que podia ganhar a vida a limpar casas, ou a arrumar estantes, roupeiros e despensas em casa das pessoas. Sou perita a esfregar juntas de azulejo, passo a ferro decentemente, lavo a roupa delicada à mão, sei arear panelas e fazer bolos amassados com as mãos. Além disso, há quem diga que tinha futuro como manicure, gosto de decoração, leio sobre cenas do lar e poucas coisas me deixam mais feliz que receber os amigos em casa com uma mesa bem posta. 

Acontece, TVI, que eu não sou a "tua" dona de casa. Pelo menos, não o sou como julgas. Sou dona de casa nas horas vagas das aulas, das teses para ler ( e para fazer ), dos artigos para escrever, das conferências para preparar, dos detalhes de um casamento para organizar e da vida lá fora. Aí, concedo, sou dona de casa. De resto, lamento desiludir-te, mas estou muito, mesmo muito ao lado do que deves esperar de mim. Caindo na fácil tentação da generalização, não, eu não vejo muita televisão. Repara: eu não vejo o teu programa. Aliás, há muitos meses, recordo-me agora, que não devo pôr a televisão na TVI; eu só leio revistas cor de rosa quando vou pintar, cortar ou esticar o cabelo; eu não ligo para os prémios da sorte e; atenta bem, eu não sou (AINDA) dona (juridicamente falando) sequer, da minha casa. Lá chegaremos. A seu tempo. 
Por isso, TVI, lamento, mas não, dia 9 dá-me jeito ficar por cá. A três dias de casar, devo andar a mil. Não leves a mal. Declino o teu convite.