quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Estou grávida e... vou mudar de casa e...

Pois. Devem perceber agora melhor os silêncios. Tenho dois artigos MESMO importantes para entregar até dia 15. Passei a noite acordada (ouvi o sino de S. José bater as seis da manhã), apesar de deitada desde cedo e a contar carneiros. Tenho perdido tempo precioso a cumprir uma modernice que só quem é docente universitário ou investigador percebe (O ORCID é tão mau como o DeGóis... importam-se de deixar de inventar plataformas em que temos de inserir o curriculum à mão, por items?! Gostava que reconhecessem a minha existência só de vos enviar um curriculum normal e em Word. Está lá tudo. Não me aborreçam!). Entretanto, vou mudar de casa e a minha médica diz para não subir cadeiras ou escadotes nem carregar pesos. Adoro a pertinência da equação. Tenho livros até ao tecto. Tenho tralha  que dava para encher um T6, enfiada neste ovo que é um T1. Ainda tenho mais três semanas de aulas. E os artigos, já disse?! E as mudanças. E um pai que ainda não está bom. E um mano que precisa de motivação constante. E uma mãe cansada. E uns avós que são internados nos HUC à vez. E um tio que só arranja encrencas. E uns amigos que tiveram um segundo semestre de 2016 de merda. E um marido que, bolas, tem de ter muita paciência, mas também precisa de alguma atenção. Gosto dele e tal... E um bebé a crescer aqui dentro e que já mexe, mas gosta muito é quando a mãe se deita e fica sossegadinha a ler para ele ou a ouvir música com ele (já nasce a saber o que é bom, este meu filho). E pronto. É dia 7 de Dezembro, tenho, ao fim de não sei quantos anos, novamente, um pinheiro nórdico, natural, para enfeitar e... ainda o podem encontrar em casa dos meus pais, à espera que eu tenha tempo de o levar para a casa nova (o meu marido tenha tempo, dizia) e para o enfeitar. Mas... lembrei-me agora... tenho os enfeites aqui nesta casa. Talvez devesse começar a empacotar coisas. Mas... já disse que ainda tenho aulas e dois artigos MESMO importantes para escrever até dia 15? E faltam ainda presentes de Natal. Ah... e, já agora, continuo à procura de mais um emprego. Se calhar assim já percebem por que é que ando calada... Venho cá pouco, mas, a sério, para já, não dá para mais. 

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